Lula, sobre morte de Navalny: “Para que pressa de acusar alguém?”
Petista foi questionado sobre o motivo de não ter se manifestado sobre a morte do principal opositor do autocrata russo Vladimir Putin
Lula (foto) foi questionado neste domingo, 18, sobre o motivo de não ter se manifestado sobre a morte de Alexei Navalny, principal opositor do autocrata russo Vladimir Putin. O petista afirmou não ter pressa de fazer acusações e disse acreditar nas investigações para saber a causa da morte.
“Se a morte está sob suspeita, você tem que primeiro fazer uma investigação para saber do que o cidadão morreu. Vamos acreditar que os médicos legistas vão dizer. O cara morreu disso ou daquilo, para você poder fazer um pré-julgamento. Porque se não você julga agora que foi alguém que mandou matar e não foi e depois você vai pedir desculpas.”
O presidente afirmou ainda não ter pressa de fazer acusações e comparou a morte de Navalny com o caso Marielle Franco.
“Para que essa pressa de acusar alguém? Você sabe há quantos anos estou esperando o mandante do crime da Marielle? Seis. E não estou com pressa de dizer quem foi.”
O Ocidente não tem dúvida de quem matou Navalny
Como mostramos, diversos políticos do Ocidente culparam o autocrata russo Vladimir Putin pela morte de Navalny, em uma prisão perto do Círculo Polar Ártico, na Sibéria.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (foto), disse que “é óbvio” que Navalny “foi morto por Putin”.
“Não se engane, Putin é responsável pela morte de Navalny”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em declaração a jornalistas.
O ex-primeiro-ministro britânico David Cameron, atual ministro de relações exteriores, disse: “Nós devemos responsabilizar Putin por isso“.
Já o Itamaraty não deve se pronunciar sobre a morte de Navalny, que, segundo a narrativa do Kremlin, “colapsou durante uma caminhada” na colônia penitenciária onde estava preso.
A postura do governo Lula condiz com a corrupção da política externa brasileira pelas afinidades ideológicas do assessor especial Celso Amorim, aliado de Putin.
Amorim chegou a visitar a Rússia em abril de 2024 e, apenas depois de sofrer pressão da imprensa, viajou à Ucrânia, já em maio e depois de menosprezar o massacre de Bucha.
Autoridades russas se recusam a liberar o corpo
Partidários de Alexei Navalny acusam as autoridades russas de tentar “apagar o rastro” dos “assassinos” do opositor russo ao se recusarem a entregar o corpo à família.
A equipe de Navalny afirmou que as autoridades se recusam a devolver o corpo à mãe, argumentando que a causa da morte ainda não havia sido estabelecida.“É óbvio que os assassinos querem apagar o rastro. É por isso que não entregam o corpo de Alexei e até o escondem da mãe”, escreveu o grupo de Navalny no Telegram.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)