“Se tem um ser humano feliz no planeta Terra, sou eu. Porque eu sempre acreditei em Deus e acho que, depois de tudo que aconteceu comigo, eu me sinto como se eu estivesse sendo ressuscitado“, discursou o presidente eleito Lula (foto) a parlamentares aliados nesta quinta-feira (10) no CCBB, sede do governo de transição.

“Muita gente não imaginava que a gente pudesse estar vivendo esse momento agora”, disse o petista, que tenta apaziguar os ânimos dos aliados insatisfeitos com falta de espaço no governo de transição. “A comissão de transição não decide nada. Ela vai fazer o levantamento da situação do país”, comentou.

O presidente eleito falou também sobre os processos pelo quais foi condenado — e que posteriormente foram anulados — na Operação Lava Jato. “Eu não tive que provar minha inocência – eu tive de provar a culpa de quem me acusou. Eu tive de provar a culpa do [Sergio] Moro, eu tive de provar a culpa do [Deltan] Dallagnol.”

Durante o discurso, Lula chorou ao dizer que a prioridade do seu governo é, mais uma vez, acabar com a fome no país. “É o mesmo discurso que eu disse em 2022 – não tem que mudar uma única palavra. E eu quero dizer para vocês: se quando eu terminar esse mandato, cada brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando, eu terei cumprido a missão da minha vida”, disse, com a voz embargada.

Lula disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro deve desculpas às Forças Armadas por ter envolvido os militares no processo eleitoral. “Aquele relatório não diz nada, absolutamente nada daquilo que ele [Bolsonaro] tanto acusou”, comentou o presidente eleito.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também discursou para a mesma plateia mais cedo, para dizer que “Quem ouve mais, erra menos”.