Lula se reúne com ministro após cobrança do MST
Petista sanciona Política Nacional de Economia Solidária em meio à pressão do MST
O presidente Lula (PT) se reuniu no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, 23, com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, para sancionar a Política Nacional de Economia Solidária do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-Terra (MST).
O encontro ocorre em meio às críticas do MST sobre a falta de participação do petista nas pautas relacionadas ao grupo.
Nas redes sociais, Lula publicou um vídeo no qual comemora a sanção do projeto, de autoria de Teixeira, enquanto era deputado:
“Pela primeira vez na história, a economia solidária vai ter um marco regulatório. A lei vai levar fomento, apoio e financiamento para todas as áreas da economia solidária“, escreveu o petista.
Críticas
O MST voltou a cobrar o presidente Lula (PT) nesta sexta-feira, 20, por uma participação maior nas agendas do movimento:
Em comunicado, um dos dirigentes do MST, João Paulo Rodrigues, escreveu:
“Não entenda como uma crítica, mas não é razoável que em dois anos o presidente Lula não tenha feito nenhuma agenda em um assentamento ou em uma área de agricultura familiar“.
As críticas a Lula, porém, não são tão incisivas. O líder do MST prefere atribuir culpa a Teixeira:
“Um pequeno exemplo. O ministro fez ato público em São Paulo para anunciar o curso de Administração Rural pelo Pronera na UFSCAR [Universidade Federal de São Carlos] há seis meses. O curso não tem um centavo. E a UFSCAR não quer começar. Então, não bastam mais propaganda, retórica, eventos e atos no Palácio. Nós queremos medidas concretas que solucionem problemas reais. E os problemas, quando não resolvidos, só se agravam.”
Invasões
Após anos discretos durante o governo de Jair Bolsonaro, o MST retomou as invasões de propriedade após o início do governo Lula. Em abril, o movimento liderou 32 invasões.
A retomada das ações do movimento levou à instalação de uma CPI na Câmara dos Deputados no segundo semestre de 2023.
A comissão acabou sem resultado prático e sem a votação do relatório final após intervenção do governo Lula.
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