Lula não quer defender Dilma
Lauro Jardim publicou uma nota que se soma ao que O Antagonista vem dizendo há semanas. De acordo com o colunista de O Globo, Michel Temer chegou a telefonar para Lula após o deferimento do pedido de impeachment por Eduardo Cunha. E desligou convicto de que o petista não tem interesse em defender Dilma...
Lauro Jardim publicou uma nota que se soma a o que O Antagonista vem dizendo há semanas. De acordo com o colunista de O Globo, Michel Temer chegou telefonar para Lula após o deferimento do pedido de impeachment por Eduardo Cunha. E desligou convicto de que o petista não tem interesse em defender Dilma.
Leiam o que O Antagonista publicou em 2 de dezembro:
Tentem pensar como um petista do comando do partido, apenas do ponto de vista político, e não policial:
— Se os três petistas votassem em favor de Eduardo Cunha, no Conselho de Ética, a imagem do partido, que já está em ruínas, apodreceria de vez;
— Votar em favor de Eduardo Cunha não significaria o fim da chantagem com o pedido de impeachment. Eduardo Cunha continuaria a usá-lo para pressionar o PT;
— Se o pedido de impeachment for acolhido, o PT adiantará um destino incontornável, haja vista que os escândalos continuarão a avolumar-se e a economia, sob Dilma, não tem a menor chance de recuperação. Enfrentar a realidade é, no caso, melhor do que fugir dela;
— Uma vez acolhido o pedido de impeachment, o foco passará a ser Dilma Rousseff e deixará de ser Lula e o próprio partido, se estes a abandonarem aos tubarões;
— No caso do acolhimento, é melhor que Dilma Rousseff renuncie ao cargo do que permaneça sangrando, inclusive para a própria, embora ela ainda não tenha se dado conta disso. Se o motivo do impeachment forem as pedaladas fiscais, tanto melhor, porque o povão não entende exatamente o que seja isso;
— Se Dilma Rousseff for saída do Planalto, o PT passará a ser oposição e poderá ter um discurso. Hoje, o partido não tem mais discurso, a não ser o da defesa que oscila entre lamurienta e agressiva. Nas eleições de 2016, o PT poderá, inclusive, atribuir mentirosamente ao sucessor os seus fracassos na economia;
— Por último, mas não menos importante, é melhor sacrificar uma rainha que não reina (Dilma) a perder, sem nenhuma oportunidade de recuperação, um rei sem o qual o partido desaparecerá de vez e cuja imagem se desgasta também em função do poste que colocou na Presidência da República (Lula)
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