Lula fecha Cúpula da Amazônia retomando cobrança a países ricos
Lula aproveitou seu discurso final na Cúpula da Amazônia, nesta quarta-feira (9), para repetir a cobrança a nações ricas por contribuições à preservação ambiental. Apesar do anúncio de...
Lula aproveitou seu discurso final na Cúpula da Amazônia, nesta quarta-feira (9), para repetir a cobrança a nações ricas por contribuições à preservação ambiental. Apesar do anúncio de nações europeias e da América do Norte de doações para o Fundo Amazônia no primeiro semestre, o presidente brasileiro manteve a cobrança junto a líderes de outros países do norte da América do Sul, da África (Congo e República Democrática do Congo) e da Ásia (Indonésia e Malásia).
“Não se pode falar de florestas tropicais e mudança do clima sem tratar da responsabilidade histórica dos países desenvolvidos”, disse Lula. “Foram eles que, ao longo dos séculos, mais dilapidaram recursos naturais e mais poluíram o planeta. Os 10% mais ricos da população mundial concentram mais de 75% da riqueza e emitem quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera. Não haverá sustentabilidade sem justiça, tampouco haverá sustentabilidade sem paz.”
Para o petista, o montante de 100 bilhões de dólares a países com florestas, acertados na COP-15 em Paris, já não atendem as demandas necessárias — e o esforço, em sua visão, estaria sendo drenado a outras demandas. Foi a oportunidade de uma nova alfinetada sobre a guerra da Ucrânia. “Os gastos militares, que atingiram o recorde de 2,2 trilhões de dólares no ano passado, drenam recursos de que o mundo precisa para a promoção do desenvolvimento sustentável”, continuou.
Ele defendeu o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, e cobrou maior representatividade entre estes países. “Sanar a falta de representatividade é elemento essencial de uma proposta abrangente e profunda de reforma da governança global que beneficie todos os países em desenvolvimento”, concluiu.
Após se reunir com Sultan Ahmed Al Jaber, o presidente da COP-28, Lula tem conversas com os presidentes Denis Sassou N’guesso (Congo) e Félix Tshisekedi Denis Sassou N’guesso(República Democrática do Congo), antes de seguir para o Rio de Janeiro.
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