Lula falar em armação é ‘ofensa’, diz promotor ameaçado pelo PCC
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya (foto), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco), voltou a se manifestar sobre o...
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya (foto), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco), voltou a se manifestar sobre o plano do PCC para sequestrar e assassinar servidores públicos e autoridades. Em entrevista ao Estadão, ele disse que é uma ofensa ao MP falar em armação, como fez o presidente Lula nesta semana.
Lincoln, que também estava na mira da facção, disse que esse tipo de declaração comprova a “desorganização do Estado”.
“O Ministério Público é uma instituição do Estado. Sua primeira função é a defesa da ordem democrática, da Constituição. A gente não serve ao governador, nem ao procurador-geral. As polícias também. Eu não posso entender, qualquer que seja o presidente, seja Bolsonaro ou Lula, utilizarem, às vezes, a ‘minha’ polícia”, afirmou.
“Sou crítico apenas quando esses políticos usam a remoção dos líderes do PCC. Essa remoção acabou com minha vida e com a da minha família. Fiquei com o ônus e os políticos ficaram com o bônus. Agora, falar que a polícia inventou essa operação, está ofendendo a mim e ao Ministério Público. Essa operação começou com o Ministério Público de São Paulo. Levamos no dia 30 de janeiro a informação ao Moro e à sua esposa. Prometi que em três meses íamos identificar essas pessoas e efetuar as prisões. Aí eu louvo o trabalho da Polícia Federal. O Moro é um crítico do ministro da Justiça e opositor do presidente, mas a PF é republicana. Em apenas 45 dias, ela concluiu seu trabalho.”
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