Lula e o ‘sentimento de posse’ sobre o Judiciário
"Eu não quero que nenhum país fique questionando a minha Suprema Corte", disse o presidente Lula durante entrevista
O presidente Lula adotou, mais uma vez, uma postura ditatorial. Durante entrevista à Rede TV, ele ultrapassou o limite da impessoalidade ao se referir ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Evitando críticas à postura da Suprema Corte da Venezuela, envolvida na controversa reeleição de Nicolás Maduro, Lula tratou o Judiciário brasileiro em “tom pessoal”.
“Eu não tenho o direito de ficar questionando a Suprema Corte de outro país, porque eu não quero que nenhum país fique questionando a minha Suprema Corte”, disse o presidente.
A fala do petista endossa teorias ventiladas no Legislativo, de que Supremo e governo federal agem em conjunto para ferir prerrogativas parlamentares.
“O que estamos vendo é que o Supremo Tribunal Federal joga com o governo para tentar restringir a capacidade dos parlamentares de indicarem recursos no orçamento da União“, disse o líder do Novo, Marcel van Hattem, em entrevista a O Antagonista, na última semana.
Passada de pano
A declaração de Lula na entrevista à RedeTV foi uma tentativa de se esquivar de uma posição de confronto em relação aos avanços autoritários, alvo de denúncias constantes contra o governo de Maduro.
O governo brasileiro segue sob pressão por se esquivar de criticar a eleição venezuelana. A história é aquela de sempre: o órgão eleitoral, alinhado a Maduro, o declarou vencedor, mas não apresentou as atas do pleito.
Suspeita de fraude
A falta de transparência levanta a suspeita de fraude. Para completar, Maduro vem fazendo ataques ao Brasil, criticando o Itamaraty pelo veto nos Brics. Para ele, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil constitui um ‘poder paralelo’ e conspira contra a Venezuela.
Perguntado sobre o impasse envolvendo o país vizinho, Lula respondeu: “Eu acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não um problema do Brasil“.
E defendeu que é necessário “muito cuidado quando a gente vai tratar de outros países e de outros presidentes”.
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Comentários (3)
eduardo henrique da silva mattos
11.11.2024 15:52é .....
Luis Eduardo Rezende Caracik
11.11.2024 13:04Minha Suprema Corte??? Como o "meu exército" de Bolsonaro? Quanto mais tempo passa, mais se parecem...
Marcia Falluh
11.11.2024 12:57Não estou conseguindo ouvir as notícias.