Lula adverte: cuidado com a ‘internet de Lúcifer’
Durante evento em Fortaleza, petista elogia a internet que quer "construir" e "ensinar o caminho de Jesus" e critica a que quer "destruir"
Luiz Inácio Lula da Silva (PT, foto) ligou o “modo pastor” nesta sexta-feira, 2 de agosto, em Fortaleza (CE), durante evento para anunciar a expansão de um programa para alunos do ensino médio, o Pé de Meia.
“Tem internet do bem e a internet do mal. Tem a internet que quer construir e a internet que quer destruir. Tem a internet que quer nos ensinar o caminho de Jesus e a que quer nos ensinar o caminho de Lúcifer”, declarou o presidente.
“Tem internet que trata de educação e a internet que trata de destruir. Tem internet que fala verdade e internet que fala mentira”, acrescentou o petista, retomando o discurso do partido sobre regulação —leia-se censura— das redes sociais.
No evento, Lula chorou duas vezes e elogiou a si mesmo por isso: “Teve um tempo que eu tinha vergonha de me emocionar, que eu tinha vergonha de chorar. Hoje, eu acho que feliz do país que tem um presidente capaz de chorar de emoção diante do seu povo”.
Correndo atrás do público evangélico
A apropriação do discurso religioso por parte de Lula está em sintonia com a estratégia de seu governo de tentar atrair o apoio das mulheres evangélicas, segmento resistente ao PT.
Como publicamos mais cedo, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, defendeu o diálogo com as evangélicas dentro de iniciativas de combate ao feminicídio no Brasil.
“As pastoras evangélicas foram nosso primeiro contato, na verdade, a gente está nesse desafio faz tempo. Elas vão entrar […] Vão levar para dentro das igrejas. […] O que nós tiramos é que em setembro, possivelmente, a gente vai fazer um encontro ou virtual ou presencial com mais tempo para definir de fato quais são as ações, como é que pode chegar na base das igrejas nesse debate”, declarou a ministra.
Outros ministros de Lula, como Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), também têm buscado interlocução com os eleitores evangélicos.
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