A lógica antipartidária de Bolsonaro
Todos os movimentos de Jair Bolsonaro até aqui indicam que, uma vez eleito, não buscará o apoio de partidos para garantir a governabilidade. Sua estratégia é dialogar com representantes de diferentes segmentos e não com chefes políticos. E pode ter razão...
Todos os movimentos de Jair Bolsonaro até aqui indicam que, uma vez eleito, não buscará o apoio de partidos para garantir a governabilidade. Sua estratégia é dialogar com representantes de diferentes segmentos e não com chefes políticos.
E pode ter razão.
Os partidos são hoje, em sua maioria, empresas voltadas exclusivamente para a manutenção do poder de seus próprios dirigentes, que, a cada legislatura, montam um balcão de negócios para barganhar com o Executivo todo tipo de benefício – alguns nada republicanos.
Esvaziar os partidos é também atalho para uma reforma política que reduza o número de legendas e obrigue uma reorganização dessa gente em torno de temas de interesse geral.
Desde o ano passado, Bolsonaro vem conversando individualmente com políticos de diferentes siglas, na busca pela formação de uma maioria parlamentar que apoie sua gestão.
Enquanto anuncia animado o apoio de bancadas, como a evangélica e a do agronegócio, não parece interessado em seduzir João Amoedo ou João Doria, muito menos Valdemar Costa Neto ou Ciro Nogueira.
O eleitor ajudou bastante ontem ao varrer boa parte dos velhos caciques.
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