Lobão, Cunha e Alves receberiam propina em Manguinhos
Em sua delação, Nestor Cerveró revela que, em 2013, José de Lima Andrade Neto, presidente da BR Distribuidora, contou que foi procurado por Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Os parlamentares faziam gestões para que a estatal comprasse a refinaria de Manguinhos...
Em sua delação, Nestor Cerveró revela que, em 2013, José de Lima Andrade Neto, presidente da BR Distribuidora, contou que foi procurado por Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves.
Os parlamentares faziam gestões para que a estatal comprasse a refinaria de Manguinhos, do empresário Ricardo Magro. Também ligou para Neto o senador Edison Lobão.
“Ele mencionou que a pressão de Lobão estava muito forte”, disse Cerveró, que imaginava haver “algum negócio” de Cunha e Alves “com o grupo ligado a Marcelo Sereno”, ex-assessor de José Dirceu.
Não havia razão para a compra de Manguinhos. A refinaria fica próxima à Reduc (Refinaria de Duque de Caxias) e tem vários processos por adulteração de combustível.
Cerveró e os demais diretores resolveram criar “um grupo de estudos na Petrobras”, para “tentar se desvencilhar do negócio”.
Segundo o delator, “a compra da refinaria foi motivada por valores de propinas que seriam recebidas. Que, ao final, o negócio não saiu”, por causa da deflagração da Lava Jato.
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