Lira: “Tem que pegar um arcebispo para ser diretor da Petrobras?”
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentou a indefinição em torno da troca no comando da Petrobras. Em evento do Jota nesta segunda (4), ele chamou de "falso moralismo" o debate sobre conflito de interesses que levou Adriano Pires a desistir de assumir a presidência da estatal...
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentou a indefinição em torno da troca no comando da Petrobras. Em evento do Jota nesta segunda (4), ele chamou de “falso moralismo” o debate sobre conflito de interesses que levou Adriano Pires a desistir de assumir a presidência da estatal.
Pires havia sido escolhido por Jair Bolsonaro para o lugar de Joaquim Silva e Luna. Como mostrou a Crusoé, no ano passado, o economista se aproximou de importantes lideranças do Centrão —a exemplo do próprio Lira (foto) e dos deputados baianos Elmar Nascimento e João Carlos Bacelar— em torno de interesses em comum na privatização da Eletrobras.
Ao falar sobre o impasse, o presidente da Câmara chegou a sugerir que somente um arcebispo poderia ser indicado ao cargo.
“Hoje eu estava comentando aqui com o ministro [Gilmar Mendes]: a pauta da imprensa e talvez do Ministério Público é condenar o possível presidente da Petrobras porque prestava assessoria a um grupo empresarial. Se eu sou da atividade privada, eu não posso trabalhar para nenhum grupo empresarial? […] Quer dizer, você tem que pegar um funcionário público para ser diretor da Petrobras? Ou pegar um arcebispo para ser diretor da Petrobras? Um almirante, um coronel?”, questionou Lira.
“Não, você tem que colocar alguém que entenda de petróleo e gás. Alguém que entenda do setor, que vá ser julgado dali para frente sobre suas ações. A gente tem um falso moralismo, um julgamento precipitado, uma versão nas ações que só atrapalham o nosso país”, acrescentou.
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