Lira define data para eleição na Câmara
O atual presidente informou aos líderes da Câmara sobre a sessão marcada para o dia 3 de fevereiro, quando os deputados devem eleger Hugo Motta (Republicanos-PB)
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comunicou aos líderes da Casa de Leis a data para a eleição da mesa diretora. A eleição ocorrerá na segunda-feira, dia 3 de fevereiro, conforme o acordado.
Nesse mesmo dia, será realizada uma sessão do Congresso Nacional, que já foi convocada, mas ainda não há informações sobre os projetos ou vetos que poderão ser analisados.
Os deputados devem eleger o líder dos Republicanos, Hugo Motta (PB), que conta com o apoio de 17 partidos na disputa. Motta assumirá a presidência da Câmara em um contexto de insatisfação entre os parlamentares em relação à condução da mesa diretora, especialmente em temas como a defesa das prerrogativas e a antecipação da pauta de votações aos líderes.
Outra questão que “cairá no colo” do futuro dirigente da Casa Baixa é a polêmica envolvendo o bloqueio das emendas. A gestão de Lira foi acusada de manobrar o funcionamento da Casa de Leis para remanejar o destino das emendas de comissão.
A base bolsonarista também aguarda de Motta posição sobre o andamento do projeto de lei da anistia e pautas polêmicas como a equiparação do aborto ao crime de homicídio. Lira paralisou o debate em torno das propostas, criando a alternativa de discussão em comissão especial. Mas os colegiados sequer iniciaram os trabalhos.
Casa Alta
No Senado, a definição quanto às eleições já estava oficializada desde a última quinta-feira, 02. A primeira reunião, que acontecerá às 10h, terá como foco a escolha do presidente que sucederá Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando do Senado. Já a segunda sessão vai tratar da eleição e posse do grupo escolhido para os cargos da Mesa Diretora, ou seja: 1º e 2º vice-presidentes, além dos quatro secretários e seus suplentes.
O senador Davi Alcolumbre (União-AP) é o favorito na disputa. Ele já ocupou o cargo de presidente do Senado entre 2019 e 2020 e é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa de Leis.
Além de contar com o apoio de seu próprio partido, Alcolumbre tem o respaldo de sete bancadas. Nomes como Eduardo Girão (Novo-CE), Rogério Marinho (PL-RN) e Astronauta Macos Pontes (PL-SP) figuram como opositores ‘tímidos’ do amapaense.
Na Casa Alta, o debate em torno do bloqueio das emendas também deve ocupar destaque durante a nova gestão de Alcolumbre. A oposição também requer que o novo presidente se posicione sobre o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O PL impôs como condição para o apoio do parlamentar a “proporcionalidade” na ocupação de cargos estratégicos no organograma do Senado.
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