Limitar os juros será “a extinção da agiotagem oficializada”, diz Alvaro
Davi Alcolumbre reafirmou o compromisso de pautar, na próxima semana, o projeto de autoria do senador Alvaro Dias (Podemos) que limita os juros do cheque especial e do cartão de crédito em meio à pandemia da Covid-19...
Davi Alcolumbre reafirmou o compromisso de pautar, na próxima semana, o projeto de autoria do senador Alvaro Dias (Podemos) que limita os juros do cheque especial e do cartão de crédito em meio à pandemia da Covid-19.
O projeto já foi pautado em outras ocasiões, mas a pressão, principalmente, dos bancos fez com que o tema não fosse adiante.
“A aprovação do projeto significa a extinção da agiotagem oficializada. Será uma oportunidade de demonstrar que o sistema financeiro funcionará bem e com lucratividade significativa, mesmo praticando taxas de juros civilizadas. Imagino que a aprovação será unânime e minimizará os danos irreparáveis das taxas exorbitantes em tempos de calamidade pública”, disse Alvaro a O Antagonista.
“O projeto não comprometerá a liquidez do sistema financeiro e, ainda, reduzirá a inadimplência”, acrescentou ele.
A proposta original estabelecia um teto de 20% ao ano para juros de cartões de crédito e cheque especial e valia para dívidas contraídas entre março de 2020 e julho de 2021.
O relator da matéria, Lasier Martins (Podemos), fez alterações no texto, por exemplo, ampliando o teto dos juros para 30% e antecipando para dezembro deste ano — e não mais julho de 2021 — o fim do prazo da vigência das mudanças.
Como noticiamos, além dos bancos, empresas como Carrefour e Renner, que oferecem cartões aos seus clientes, não gostam da ideia. “O projeto é tão bom que tem lobby de poderosos”, disse Alvaro Dias a O Antagonista no fim de junho.
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