Líder do PL, sobre candidatura do astronauta: “Não se chega na lua sozinho”
Para Portinho, a expectativa é que Davi Alcolumbre tenha até 75 votos; Pontes ainda tentou ser convencido a desistir, mas ele resistiu

O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), classificou neste sábado, 1º, como “absolutamente irrelevante” a candidatura de Marcos Pontes (PL-SP) à Presidência do Senado. O parlamentar apresentou seu nome mesmo à revelia do partido e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A candidatura de qualquer senador à presidência é legitima, mas não se chega na lua sozinho, não se pauta a anistia sozinho e não se aprova a anistia por um voto somente. Com um voto nada acontece. Para vencermos nossas pautas precisamos de um Senado forte, coeso e com capacidade de construir sobre as nossas diferenças”, disse ele a O Antagonista.
Para Portinho, a expectativa é que Davi Alcolumbre tenha até 75 votos. A projeção do líder do PL é que Alcolumbre só não tenha os votos dos demais postulantes ao cargo: Pontes, Soraya Thronicke (Podemos), Marcos do Val (Podemos) e Eduardo Girão.
Na noite desta sexta-feira, o líder do PL voltou a conversar com Pontes para tentar convencê-lo a retirar a sua candidatura. Ele a manteve. Neste sábado, parlamentares do PL terão um café da manhã com o ex-presidente Jair Bolsonaro para azeitar a estratégia do partido nas eleições tanto da Câmara. A presença de Pontes é dúvida.
A costura no Senado foi feita pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem se desdobrado nas redes sociais para explicar o apoio à candidatura de Davi Alcolumbre. Nesta sexta-feira, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), explicou em entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília que o apoio visa garantir espaço do PL na mesa diretora e nas comissões.
Alcolumbre quer repetir Sarney
Como mostramos mais cedo, Alcolumbre quer repetir um feito de um outro senador do Amapá: o maranhense José Sarney. Na última vez que Sarney disputou a presidência do Senado, em 2011, ele foi reeleito com 70 votos. Na época, Sarney, que tinha 80 anos, disputou o cargo contra o jovem senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), de apenas 38 anos, que exercia seu primeiro mandato e obteve oito votos.
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