Líder do PL se manifesta contra impeachment de Lula
O presidente da bancada paulista na Câmara, Antônio Carlos Rodrigues, criticou pedido de afastamento de Lula
Contrariando os deputados do PL, o coordenador da bancada paulista na Câmara, Antônio Carlos Rodrigues, se manifestou há pouco contrário ao pedido de impeachment do presidente Lula.
Como mostramos mais cedo, aproximadamente 115 deputados de Centro e da oposição subscreveram um pedido de afastamento do presidente da República após ele ter associado as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto.
Para Rodrigues, que é do PL de Valdemar Costa Neto e de Jair Bolsonaro, é necessário “se respeitar a vontade das urnas”.
“Com profunda consternação, observo o pedido de votação do impeachment do presidente Lula devido às suas declarações insensíveis sobre o Holocausto, as quais foram verdadeiramente infelizes. Reconheço a seriedade desse tema e expresso minha solidariedade ao povo judeu”, disse Rodrigues.
“Contudo, mantenho a convicção de que a democracia deve ser preservada. Durante todos os mandatos que exerci, nunca votei a favor de qualquer ato de impedimento de um cidadão eleito democraticamente”, acrescentou o parlamentar, que concluiu.
“Reitero minha crença inabalável na soberania do voto popular. ‘Quem o povo elegeu, não é incumbência do parlamento destituir’”.
No pedido de impeachment, apresentado por Carla Zambelli (PL-SP), os parlamentares alegam que as declarações do presidente configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal.
Citam: “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
No início desta semana, em agenda na Etiópia, o presidente Lula classificou como genocida a atuação de Israel na Faixa de Gaza e comparou o episódio ao Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial.]
Já o partido Novo anunciou, na manhã desta terça-feira (20), seu apoio ao processo de impeachment do presidente Lula. A sigla defende que um presidente da República não deve apoiar o terrorismo ou ser hostil com nações que tenham relações diplomáticas próximas ao Brasil.
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