Líder do PL minimiza pedido de Gonet sobre Bolsonaro: “Nada a festejar”
Sóstenes Cavalcante sugere 'combinação' entre PGR e Moraes após pedido de arquivamento de Gonet sobre cartão de vacina

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, minimizou o pedido de arquivamento do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, da investigação sobre suposta fraude em cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo O Globo.
Segundo o parlamentar, a solicitação de Gonet teria sido combinada com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do processo.
“Pra mim é tudo combinado, pra dizer que ele é imparcial. Nada a festejar!“, afirmou.
No ano passado, Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações.
Caberá ao STF decidir pelo arquivamento ou não da ação.
Arquivamento?
Para Gonet, o indiciamento feito com base na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, seria insuficiente para que fosse apresentada uma denúncia.
Além disso, o PGR apontou que a solicitação de Bolsonaro para incluir dados falsos em seu cartão de vacinação não é suficiente para comprovar uma atividade delitiva, pois dependeria de outras provas materiais.
“Essa solicitação [Bolsonaro] é elemento de fato central para que a conduta típica, crime de mão própria, lhe possa ser imputada”, disse Gonet.
Investigação
De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes do Exército foram responsáveis por falsificar os dados nas carteiras de vacinação de Bolsonaro; da filha do ex-presidente, Laura; do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid; e da mulher e as três filhas de Cid.
O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Venire revela que o cartão falso de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (foto) foi impresso nas dependências do Palácio do Planalto.
A PF afirmou que a impressão foi feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, que detinha seu login e senha no Conecte SUS —aplicativo do governo federal que dá acesso à carteira de vacinação.
Em depoimento prestado à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou aos agentes a adulteração de seu cartão de vacinação e diz que não determinou ao tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência da República – qualquer iniciativa neste sentido.
“Toda gestão pessoal ficava a cargo do ex-ajudante Mauro Cid”, declarou Bolsonaro em seu depoimento à PF.
Ao ser perguntado “se tinha ciência da falsificação em nome da mulher do Cid, disse que não teve conhecimento ao fato mencionado” e nem sobre a inserção dos dados em sua carteira de vacinação.
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Comentários (1)
Angelo Sanchez
27.03.2025 22:38Foi bom lembrar de vacinas, até hoje não foi provado que a vacina chinesa protegia os vacinados, e que o tratamento precoce era desnecessário e houve campanha contra médicos, e internalizar o doente era o melhor procedimento, tudo isto causou 700.000 mil mortes.