Líder do Novo diz que acordo com o governo “é pior do que imaginávamos”
Enquanto Jair Bolsonaro vai ao Twitter dizer que "não houve qualquer negociação em cima dos 30 bilhões", o líder do Novo na Câmara, deputado Paulo Ganime, disse a O Antagonista que o acordo fechado hoje com o Congresso "é pior do que imaginávamos". Os projetos enviados pelo governo, como já noticiamos, devolvem o controle de parte dos R$ 30 bilhões ao Executivo, mas, no entender de Ganime, acabam "dando ainda mais poder ao relator do Orçamento"...
Enquanto Jair Bolsonaro vai ao Twitter dizer que “não houve qualquer negociação em cima dos 30 bilhões”, o líder do Novo na Câmara, deputado Paulo Ganime, disse a O Antagonista que o acordo fechado hoje com o Congresso “é pior do que imaginávamos”.
Os projetos enviados pelo governo, como já noticiamos, devolvem o controle de parte dos R$ 30 bilhões ao Executivo, mas, no entender de Ganime, acabam “dando ainda mais poder ao relator do Orçamento”.
Os projetos chegaram ao Congresso no meio da tarde. Desde então, técnicos dos gabinetes tentam entender o que o governo propôs — e que só ficou claro mesmo para quem participou diretamente das conversas. O importante é saber quanto do orçamento ficará nas mãos da Esplanada e quanto será entregue de bandeja para os congressistas, por meio do relator do orçamento, em ano eleitoral.
O PLN 3 devolve R$ 9,6 bilhões que estavam nas mãos do relator para os ministérios, o que, claro, é algo positivo.
Já o PLN 4, que envolve valores não precisos, devolve ao relator, segundo Ganime, o poder de decidir onde alocar os recursos, o que foi vetado por Bolsonaro.
Já o PLN 2, que trata de diversos temas, acrescentou o líder do Novo, dá também ao relator do orçamento o poder de “transferir dinheiro de uma lado para o outro”.
Vale relembrar que, como noticiamos aqui, o Planalto fez chegar a líderes partidários a proposta de repartir R$ 30 bilhões do orçamento em duas partes iguais: R$ 15 bilhões para o governo e R$ 15 bilhões para o Congresso. Do valor que ficaria com o Legislativo, senadores teriam R$ 5 bilhões e deputados, R$ 10 bilhões.
Em seguida, o governo enviou os três projetos de lei — PLNs 2, 3 e 4 — ao Parlamento, na tentativa de selar o acordo. A ideia de Davi Alcolumbre é votar tudo ainda hoje.
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