Líder do governo no Congresso indicou R$ 243 milhões de emendas secretas
O senador Eduardo Gomes (PL-TO), líder do governo Bolsonaro no Congresso, destinou, entre 2020 e 2021, R$ 243,3 milhões das chamadas emendas de relator. A informação consta em ofício enviado pelo parlamentar ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 12 de abril deste ano...
O senador Eduardo Gomes (PL-TO), líder do governo Bolsonaro no Congresso, destinou, entre 2020 e 2021, R$ 243,3 milhões das chamadas emendas de relator.
A informação consta em ofício enviado pelo parlamentar ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 12 de abril deste ano.
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nessa segunda-feira (9), 100 documentos com autores e indicações das emendas até então secretas, com símbolo RP9. As informações referem-se às destinações de cerca de 400 parlamentares, antes mantidas em segredo pelo Parlamento. São valores excedentes aos que cada parlamentar tem direito anualmente. Jair Bolsonaro já chegou a dizer que a distribuição dessas emendas “ajuda a acalmar” o Congresso.
Eduardo Gomes (foto) informou, por meio de uma longa tabela, que fez 208 indicações, totalizando R$ 243.375.529,00. O senador recém-filiado ao PL, partido de Bolsonaro, conseguiu destinar uma dinheirama do programa Calha Norte, do Ministério da Defesa, da Funasa, da Codevasf e dos ministérios da Saúde, da Cidadania, da Agricultura e do Desenvolvimento Regional.
As emendas de Eduardo Gomes variam de R$ 16.799,00 a R$ 30 milhões (obras da Codevasf de revitalização do projeto Rio Formo). Ainda de acordo com o parlamentar, as verbas seriam usadas para, por exemplo, a compra de caminhões e ônibus, construções de praças, pontes, parque de exposição, parque de vaquejada, ginásios, campos de futebol e feiras coberta, além de reformas de Unidades Básicas de Saúde e de sedes de prefeituras e pavimentação asfáltica.
Em entrevista ao Papo Antagonista em maio do ano passado, quando já estava conseguindo a liberação desses recursos, Eduardo Gomes disse que o pagamento dessas emendas não estava sendo condicionado a votações, argumentou que muitos parlamentares da oposição foram atendidos e ainda criticou o chamado orçamento secreto: “É preciso aumentar os critérios de fiscalização e controle”.
Clicando aqui você vê a tabela completa apresentada pelo senador Eduardo Gomes.
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