Lewandowski quer 10 mil câmeras para presídios após fuga em Mossoró
Após investigações, constatou-se que algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente e que lâmpadas estavam apagadas
O Ministério da Justiça e Segurança Pública está tomando medidas para aprimorar a segurança nos presídios federais do Brasil. Após a fuga de dois detentos no presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), ocorrida em 14 de fevereiro, a pasta decidiu realizar uma licitação para disponibilizar até 10 mil câmeras, que serão destinadas aos estados interessados em substituir equipamentos defeituosos.
Como parte das ações para fortalecer a segurança nas unidades penitenciárias, o Ministério da Justiça já havia determinado a substituição das câmeras inoperantes, além do reforço na estrutura das luminárias e da realização de revistas diárias em todas as celas.
Câmeras não estavam funcionando no presídio de Mossoró
Após investigações, constatou-se que algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente e que várias lâmpadas estavam apagadas no momento da fuga. Apenas uma câmera, com imagem pouco nítida, registrou o momento da evasão. Relatórios de inteligência produzidos em 2021 revelaram que 124 câmeras de segurança do presídio já estavam fora de operação naquela época, segundo reportagem do O Globo.
Comando Vermelho quer seus homens de volta
O Comando Vermelho (CV) está financiando uma rede de apoio para ajudar na fuga dos dois detentos foragidos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Segundo a Folha de S.Paulo, a investigação da Polícia Federal aponta que a rede criada pela facção criminosa auxilia os fugitivos Rogério da Silva Mendonça, o Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, a se manterem em áreas rurais, fornecendo apoio para alimentação, bebidas, transporte e armas de fogo.
Ainda de acordo com a apuração, a dupla de criminosos fez contato com membros do Comando Vermelho dois dias após a fuga, em 16 de fevereiro, quando fizeram reféns na zona rural de Mossoró e tiveram acesso a aparelhos celulares.
Após a ligação, os bandidos receberam o suporte de um morador da cidade, que foi preso por pegar um carro no Ceará e o levar até Baraúna, também no Rio Grande do Norte, onde foi entregue aos fugitivos.
A investigação mostra haver indícios de que o suspeito também integra o Comando Vermelho, assim como Rogério e Deibson, e que ele teria recebido 4.500 reais para fazer o serviço.
Desde o início das buscas, pelo menos seis pessoas foram presas por integrar a rede de apoio montada pelo Comando Vermelho. Na quinta-feira, 29, um homem foi preso em Fortaleza, no Ceará, sob suspeita de ajudar os detentos.
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