“Lewandowski desrespeita os policiais”, diz senador
Ministro afirma que polícia prende mal e gera reações de parlamentares

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) criticou o ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Ricardo Lewandowski, na noite de quarta-feira, 19, após ele criticar o “jargão que foi adotado pela população, [de] que a polícia prende e o Judiciário solta” e afirmar que “a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”.
“O ministro desrespeita os policiais que estão na linha de frente do combate ao crime, ao mesmo tempo em que ignora as falhas cometidas por juízes e promotores. Falta humildade para reconhecer que precisamos melhorar TODOS os aspectos da atuação estatal”, disse Vieira no X.
Já o senador Sergio Moro (União-PR) ironizou Lewandowski:
“Falou o ministro que foi campeão em soltar presos no STF. Falta, sim, mais firmeza por parte do Judiciário (não de todos os juízes), além de firmeza do Governo Lula que defende desencarceramento em massa (o que chamam de Pena Justa).”
Moro já havia destacado na rede social o impacto das audiências de custódia na impunidade.
“A audiência de custódia virou uma porta giratória para criminosos habituais e um símbolo da impunidade. Já aprovamos no Senado o PL 226/2024 que restringe solturas nessas audiências. Falta a votação na Câmara. É um projeto estratégico e muito importante para a segurança pública”, afirmou.
Na mesma postagem, o ex-juiz da Lava Jato compartilhou um vídeo da participação da porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, Capitã Jaqueline, em um programa de TV, no qual ela apresentou a ficha criminal de um indivíduo preso 16 vezes e solto repetidamente. A policial ressaltou a reincidência como um dos maiores desafios enfrentados pela corporação.
A fala de Lewandowski, que veio à tona em meio à repercussão deste vídeo, ocorreu em resposta a críticas sobre o papel do Poder Judiciário durante uma palestra sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (entre 2006 e 2023), que ajudou a blindar seu padrinho e agora chefe Lula contra a Lava Jato, acusou a instituição policial de prender sem provas e dados concretos, alegando que, se as prisões fossem feitas de forma técnica, com dados e indícios probatórios, os infratores dificilmente seriam soltos.
“É claro que nós temos que aperfeiçoar isso, nenhum juiz soltará um criminoso. Ele não está lá para soltar, ele está lá para fazer justiça. […] A polícia tem que prender melhor”, afirmou, transferindo a responsabilidade.
O ministro defendeu a PEC do governo Lula como um avanço no combate ao crime, mas governadores e parlamentares da oposição criticam a iniciativa, alertando para riscos de interferência da União na autonomia dos estados.
Já Lula, como mostramos, mudou seu discurso sobre ladrões de celular, em meio à queda de popularidade e à crescente preocupação da população com a segurança pública.
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Comentários (2)
Luiz Filho
20.03.2025 13:50Nada de bom podemos esperar de um ministro que há poucos anos ajudou a desmontar a maior operação para punir políticos e empresários corruptos , quando em seu voto disse que “mesmo sendo ilegais as informações obtidas servem como REFORÇO ARGUMENTATIVO”! Poderia ter algum sujeito mais filho da puta ? Poderia. Todos os ministros dos tribunais superiores e políticos em geral, com raríssimas exceções
Jose Diogo de Almeida
20.03.2025 07:39Sou a favor até de pena de morte ... ah na pena de morte pode haver injustiça e condenar um inocente, então é facil, colocar matou mais de 3, pena de morte, pois além de não ter solução este individuo, ele vai matar pela 4a vez ... e se for condenado pela 3 mortes, não tem como cometer erro ao condenar o meliante a pena de morte. Acho que com isso tende a melhorar, pois hoje matar e ser condenado 18 anos, e cumprir 10 anos num lugar que eles fazem acordo com facção ... vivem lá bem ... aplicando golpe com celular e consumindo drogas, pois ressocialização é acreditar em papai noel.