Lewandowski aciona Força Penal Nacional por crise de Mossoró
A Força Penal Nacional será responsável pela segurança no entorno da penitenciária e realizará treinamentos com os agentes locais
O Ministério da Justiça anunciou, nesta quarta-feira, 21, que autorizou o uso da Força Penal Nacional para reforçar a segurança externa da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada no Rio Grande do Norte.
Na semana passada, os criminosos, ligados ao Comando Vermelho, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram do presídio de “segurança máxima”.
Buscas pelas fugitivos
A operação para capturar os fugitivos envolve cerca de 500 policiais das forças de segurança, além de mais de 100 agentes e um comboio com 20 carros da Força Nacional de Segurança. A determinação foi feita pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na última segunda-feira, 19.
A Força Nacional é composta por policiais militares, bombeiros militares, policiais civis e peritos. Já a Força Penal Nacional, criada em novembro de 2023, reúne profissionais penais de referência nos estados. Ambas as equipes atuarão em conjunto a partir desta quarta-feira, dando início às buscas pelos fugitivos.
Como vai atuar a Força Penal Nacional?
Durante 60 dias, a Força Penal Nacional será responsável pela segurança no entorno da penitenciária e realizará treinamentos com os agentes locais. Os treinamentos acontecerão na própria penitenciária de Mossoró e serão coordenados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
De acordo com o Ministério da Justiça, o uso da Força Penal Nacional será realizado de forma planejada e episódica. A quantidade de profissionais que farão parte dessa equipe ainda não foi definida, mas as ações estão previstas para começar na sexta-feira, 23.
As investigações
O caso é investigado em duas frentes: uma apuração administrativa e outra conduzida pela Polícia Federal. Ontem, 20, a Corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais afastou quatro diretores da penitenciária, responsáveis pelas áreas de segurança, inteligência e administração do presídio, até que as investigações sobre a fuga sejam concluídas.
Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que abrange também penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Os criminosos foram vistos pela última vez na sexta-feira (16) e já foram encontradas algumas pistas no raio de 15 quilômetros da penitenciária.
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