Leite quer suspensão da dívida do RS por um longo prazo
Segundo o governador do Rio Grande do Sul, o "estado precisa ter capacidade e folego financeiro"
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, 10, ter solicitado à União que a dívida pública do estado seja suspensa o mais rápido possível e por um longo prazo.
Segundo Leite, o “estado precisa ter capacidade e folego financeiro”.
“Para isso, estamos demandando a suspensão da dívida do estado, que consome grande parte do orçamento. Se não houver um apoio da União no sentido de deixar de demandar esses recursos para que eles possam ficar aqui na reconstrução. Por isso, insisto. Manifestei ao presidente da República essa demanda. Essa dívida tem que ser suspensa e precisa ser suspensa por um longo prazo”, afirmou.
“Isso (a não suspensão da dívida) nos impede de fazer planejamento, como podemos fazer um investimento sem saber se ano que vem estaremos ou não pagando a dívida. Não consigo planejar desde o presente. Se me dizerem agora que serão dois anos, já consigo planejar desde lá. É muito importante que isso seja demandado com brevidade”, acrescentou.
Na quinta, 9, Eduardo Leite disse que a reconstrução do estado deve custar pelo menos 19 bilhões de reais.
“Pelas necessidades que observamos até o momento, esse é o montante que será necessário para financiar as políticas públicas e restabelecer lugares e vidas que foram afetados. O Estado vai ser especialmente demandado em estradas, habitação, crédito subsidiário e ações sociais para atender as pessoas atingidas”, afirmou o governador.
De acordo com o levantamento inicial realizado pelo governo do Rio Grande do Sul, serão necessários mais de 218,6 milhões de reais para ações de resposta ao desastre; quase 2,5 bilhões de reais para ações de assistência; mais de 7,2 bilhões para políticas de restabelecimento; e quase 9 bilhões de reais para reconstrução.
Tragédia no Rio Grande do Sul
A Defesa Civil do estado confirmou, em balanço divulgado às 12h, 116 mortos, 143 desaparecidos e 756 feridos em função das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul.
Ao todo, 437 municípios e mais de 1,9 milhões de pessoas foram afetados pelas enchentes. Das 337.346 desalojadas, 70.772 estão em abrigos.
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