Lava Jato: o atrito entre procuradores e PF
Houve um desentendimento entre a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal quanto à condução da Lava-Jato. Os procuradores afirmam que a PF está prejudicando o andamento das investigações sobre os políticos, porque não está obedecendo como deveria ao plano traçado pela Procuradoria-Geral da República, que lidera a Operação...
Houve um desentendimento entre a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal quanto à condução da Lava-Jato. Os procuradores afirmam que a PF está prejudicando o andamento das investigações sobre os políticos, porque não está obedecendo como deveria ao plano traçado pela Procuradoria-Geral da República, que lidera a Operação.
Foi por esse motivo que o ministro Teori Zavascki, a pedido da Procuradoria-Geral da República, suspendeu parte das diligências. Teori Zavascki, portanto, não tem culpa nesse cartório.
Os curtos-circuitos entre PF e procuradores são constantes desde há muito tempo, porque não raro existe uma sobreposição de funções e os policiais resistem a aceitar que estão abaixo na hierarquia quando se fazem operações conjuntas. De qualquer forma, também é fato que, sob o PT, ocorreu uma verdadeira balcanização da PF. Veja-se o caso dos aloprados, em 2006, quando uma parte de agentes e delegados protegia o PT, enquanto outra tentava fazer o seu trabalho corretamente.
No caso da Operação Lava Jato, ainda não se pode afirmar com certeza que a PF esteja boicotando o trabalho dos procuradores. Mas O Antagonista não gosta da ideia de que o chefe do chefe da PF seja o ministro José Eduardo Cardozo.
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