Lava Jato denuncia advogados por falso esquema de proteção a doleiro
A força-tarefa da Lava Jato do Rio denunciou os advogados Antônio Augusto Lopes Figueiredo Basto, Luis Gustavo Flores e o empresário Enrico Machado por exploração de prestígio qualificada, tráfico de influência qualificado e associação criminosa. Segundo a denúncia, eles "venderam por quase sete anos à organização criminosa liderada pelo doleiro Dario Messer um falso esquema de proteção"...
A força-tarefa da Lava Jato do Rio denunciou os advogados Antônio Augusto Lopes Figueiredo Basto, Luis Gustavo Flores e o empresário Enrico Machado por exploração de prestígio qualificada, tráfico de influência qualificado e associação criminosa.
Segundo a denúncia, eles “venderam por quase sete anos à organização criminosa liderada pelo doleiro Dario Messer um falso esquema de proteção”.
Diz o MPF:
Antônio Figueiredo Basto e Luis Gustavo Flores receberam a título de ‘taxa de proteção’, entre setembro de 2006 e março de 2013, US$ 50 mil mensais da organização criminosa de Dario. Tal taxa era cobrada a pretexto de impedir investigações do MPF e da Polícia Federal, alegando-se que os valores seriam destinados a agentes públicos. O dinheiro, no entanto, permanecia com os denunciados, sendo remetido ilegalmente a uma conta na Suíça, em nome da empresa Big Pluto Universal – empresa offshore de fachada controlada por Antônio Figueiredo Basto e Luis Gustavo Flores. No total, foram recebidos US$ 3,9 milhões (US$ 50 mil mensais, por 78 meses).”
Segundo os procuradores, Messer disse em delação que “realmente acreditava” que os valores eram repassados, ao menos em parte, a Januário Paludo, procurador regional da República.
A acusação contra o procurador foi arquivada pela PGR, que não encontrou “indícios mínimos” do envolvimento de Paludo, que sequer atuava na esfera criminal na época dos fatos.
O MPF diz ainda que Figueiredo Basto e Luis Gustavo também venderam, por US$ 400 mil, suposta proteção ao doleiro Marco Antonio Cursini em uma CPI. “Também foi alegado que o dinheiro se destinaria a dois agentes públicos, porém, novamente o dinheiro permaneceu na conta suíça da empresa offshore dos denunciados”, conclui a força-tarefa.
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