Lava Jato de SP denuncia ex-diretores de empreiteiras por cartel em metrôs de 8 capitais
A Lava Jato de São Paulo denunciou hoje ex-diretores da Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão por formação de cartel, entre 1998 e 2004, para direcionamento de licitações de obras para metrôs de oito capitais do país...
A Lava Jato de São Paulo denunciou hoje ex-diretores da Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão por formação de cartel, entre 1998 e 2004, para direcionamento de licitações de obras para metrôs de oito capitais do país.
Foram acusados:
- Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor de infraestrutura da Odebrecht;
- Márcio Magalhães Duarte Pinto, ex-diretor de finanças da Andrade Gutierrez;
- Othon Zanoide de Moraes Filho, ex-diretor de desenvolvimento comercial da Queiroz Galvão;
- Saulo Thadeu Catão Vasconcelos, ex-diretor de transportes da Camargo Corrêa;
- Dalton dos Santos Avancini, ex-diretor de transportes da Camargo Corrêa.
Segundo o Ministério Público Federal, houve acertos para a divisão, entre elas, de obras para construção das linhas 2, 4 e 5 do metrô de São Paulo; das linhas 3 e 4 no Rio de Janeiro; e construção de ramais em Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.
“Com o cartel, as propostas dos licitantes eram feitas com preço acima da média, gerando prejuízo de bilhões aos cofres públicos”, disse a procuradora Janice Ascari, que deixa hoje o comando da operação em São Paulo. A força-tarefa no estado chega ao fim hoje.
A denúncia narra que os ex-executivos criaram uma entidade fictícia, chamada Tatu Tênis Clube (TTC), para colocar no papel termos de do acordo entre as cinco empreiteiras, na divisão de licitações, compensação de valores dos contratos e monitoramento dos acertos.
“Os jogadores do TTC acordam que irão trabalhar unidos para que os próximos campeonatos, nos âmbitos nacional, estadual e municipal, sejam organizados e dirigidos pelo TTC e que toda a renda dos jogos sejam revertidos (sic) para o TTC”, diz documento do grupo anexado na denúncia.
Havia até um um escritório coletivo em São Paulo, onde funcionários das empreiteiras reuniam-se secretamente para discutir os projetos. Segundo o MPF, o esquema só perdeu força em 2010, quando concorrentes internacionais entraram no mercado.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)