Kátia Abreu questiona França sobre ‘guerra’ de Bolsonaro: “Foram só palavras ao vento?”
Kátia Abreu (PP-TO) questionou nesta quinta (6) o ministro Carlos França sobre a declaração da 'guerra bacteriológica' de Bolsonaro. "Chanceler, algumas das suas observações foram feitas baseadas num Brasil de ontem. Ontem...
Kátia Abreu (PP-TO) questionou nesta quinta (6) o ministro Carlos França sobre a declaração da ‘guerra bacteriológica’ de Bolsonaro.
“Chanceler, algumas das suas observações foram feitas baseadas num Brasil de ontem. Ontem, já no final do dia, nós tivemos uma notícia muito desagradável, de uma fala muito negativa do presidente da República, que eu sinceramente gostaria de estar tão otimista e tão calma como o senhor está com relação ao fato de ontem”, disse Kátia Abreu.
A senadora se referia à afirmação de França de não enxergar “problema político” com a China.
“O presidente da República”, continuou a senadora, “não foi um ministro de Estado, que pode ser demitido – acusa e faz insinuações gravíssimas com relação à Covid, com relação ao vírus, que pode ser uma guerra química, bacteriológica, menciona inclusive os militares. De forma muito estranha, impactante. E todo o seu discurso [de Carlos França], quando eu digo que ele é de ontem, de um Brasil de ontem, de antes dessa declaração – porque o senhor fala que as vacinas da China têm um papel fundamental, é um parceiro, o maior parceiro comercial, tem um papel decisivo nas vacinas, a China exportou 80% de todo o seu IFA para o Brasil, até o mês passado 80% das vacinas aplicadas eram chinesas [Coronavac] (…) O senhor sinceramente acha que nada vai acontecer? Que foram só palavras ao vento? Do presidente da República? E que isso não vai implicar nos seus planos tão bem descritos até agora, sobre as suas perspectivas? O senhor acha que o Brasil continuará sendo o mesmo na relação com a China daqui a diante? Depois dessa gravíssima declaração?”.
Carlos França respondeu: “Não me cabe comentar as declarações do presidente da República. Sempre digo que ele é que deve comentar o que eu falo, avaliar o meu desempenho”.
Logo em seguida, França mudou de assunto: começou a falar da soltura de Robson Nascimento na Rússia. Depois, o ministro reiterou o ‘talking point’ do presidente, repetindo que Bolsonaro não citou o nome da China.
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