Gilberto Kassab projetou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto), será presidente da República até 2030. Mas que a chegada do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro pode chegar ao Palácio do Planalto já em 2026.

Secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo e presidente nacional do PSD, o partido que mais elegeu prefeitos neste ano, Kassab falou sobre as próximas corridas presidenciais em evento promovido pelo grupo Esfera Brasil.

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“Está na cara que o Tarcísio vai ser presidente da República. Aposto qualquer coisa”, disse Kassab conforme relatado pela Folha de S.Paulo, completando: “Pode ser em 2026? Pode, mas acho difícil”.

Bolsonaro

O presidente do PSD disse que Tarcísio “já se definiu como candidato à reeleição para governador” em 2026 por causa de Bolsonaro, que, apesar de estar enrolado com a Justiça e inelegível até 2030, segue s apresentando como candidato presidencial “mesmo preso”.

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“E esse é o melhor cenário para todos nós, brasileiros. Porque, se der chabu no plano nacional, São Paulo segura o Brasil”, comentou Kassab, para quem Tarcísio “não tem adversário”.

E Lula?

Para o presidente do PSD, “Lula hoje caminha com dificuldade para a reeleição”.

“A economia vai bem, mas não acredito que isso vai perdurar por muitos meses. Há 10 dias, houve aquela explosão do dólar. Ele se assustou e pediu para o [ministro da Fazenda, Fernando Haddad] não viajar [para a Europa]. Veio o G20, e parou. Eu espero que o Lula leve a sério essa proposta [de corte de gastos], senão vai voltar aquela instabilidade de 15 dias atrás”, avisou Kassab.

O secretário do governo paulista disse, contudo, que gosta de Lula e que “é uma judiação para o Lula encerrar a carreira com um mau governo”.

“O Lula tem tudo para ser de novo um grande presidente, como já foi. A gente deve muito ao Lula. Mas ele não vai bem. Quando todo mundo acha que não vai bem é porque não vai bem. Eu corri o país, presencialmente e virtualmente [nas eleições municipais]. Ninguém queria votar no PT. É uma sinalização. O PT existe hoje em três estados: no Piauí, na Bahia e no Ceará”, resumiu.