Kajuru quer que PF investigue suposta “rachadinha de marmitas” de Bolsonaro
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apresentou, nesta quinta-feira (16), uma representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal...
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apresentou, nesta quinta-feira (16), uma representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal. O parlamentar, hoje na base de Lula, pede que a PF investigue um suposto esquema de desvio de verbas envolvendo gastos com alimentação pela Presidência da República.
Kajuru apresenta, em 50 páginas, dados extraídos das despesas com cartão corporativo do governo anterior, reveladas recentemente por meio da Lei de Acesso à Informação. A partir disso, o senador sugere haver inconsistências nos gastos, como uma única lanchonete na cidade de Manaus que vendeu R$ 42 mil em refeições em um único dia.
Há também outro caso envolvendo um restaurante de pequeno porte em Boa Vista que teria fornecido 654 marmitas e 2.964 lanches à Presidência da República no dia 26 de outubro de 2021. O senador conclui que há a “existência de uma rotina obscura nas contratações realizadas pela Presidência da República” nos anos que Bolsonaro esteve no cargo.
“É inegável que houve uma rotina obscura nessas despesas, uma série de fatos que se repetiram em diversos locais e o objetivo era conseguir documentos que trouxessem uma capa de legalidade aos desvios”, escreve Kajuru.
Outro caso é de uma lanchonete em São Paulo, que foi abordada com exclusividade por O Antagonista. O dono disse que não pagou propina e que atendia a presidência no aeroporto de Congonhas desde o primeiro governo de Lula.
Kajuru ainda aponta que o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, que atuou ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenha sido o operador do esquema, “uma vez que ele era o encarregado pela execução de serviços pessoais da família Bolsonaro”.
Leia aqui a íntegra da representação.
Ontem, Kajuru pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que investigue o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por suposta omissão na regulamentação de ouro ilegal no país.
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