Justiça suspende regalias de instituto que administra hospitais no DF
A 3ª Vara de Fazenda Pública do DF suspendeu uma resolução do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGES/DF), órgão responsável pela administração de hospitais e UPAs no DF, que garantia uma ajuda de custo (verba de representação) para os membros de sua diretoria…
A 3ª Vara de Fazenda Pública do DF suspendeu uma resolução do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGES/DF), órgão responsável pela administração de hospitais e UPAs no DF, que garantia uma ajuda de custo (verba de representação) para os membros de sua diretoria.
A verba é destinada a pagamento de plano de previdência privada, seguro de vida, telefonia celular, internet e plano de saúde aos membros de sua diretoria executiva. A ajuda de custo mensal varia de R$ 4 mil para diretores a R$ 6 mil para o presidente.
Ao analisar ação civil pública proposta pelo Sindicato dos Médicos de Brasília, a Justiça considerou que o IGES/DF passa por crise financeira, acumula dívidas e teve de ser socorrido com um crédito suplementar de R$ 107 milhões aprovado pela Câmara Legislativa. “Constato que não houve qualquer justificativa pelo IGES/DF, com base em critérios claros e objetivos, a fim de demonstrar a imprescindibilidade de conceder ajuda de custos aos membros da Diretoria Executiva, ainda mais no atual momento de crise econômica instalada no âmbito da saúde local”, ressaltou o juiz Jansen Fialho de Almeida, da 3ª Vara de Fazenda Pública.
O IGES/DF foi alvo da Operação Ethon , deflagrada em agosto pelos promotores do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Um dos alvos foi o ex-presidente Francisco Araújo Filho, ouvido nesta quinta-feira (02) pela CPI da Covid.
O atual presidente do instituto, Gilberto Occhi, tem como padrinho político o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
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