Justiça mantém líder do tráfico da Rocinha preso em Rondônia
A Justiça acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e decidiu que o traficante Rogério Avelino da Silva,...
A Justiça acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e decidiu que o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, deverá permanecer preso em um presídio federal.
Rogério 157 está cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima em Rondônia desde 2018, mas obteve uma decisão favorável da 6ª Câmara Criminal para retornar ao sistema penitenciário estadual.
O Ministério Público recorreu dessa decisão e uma liminar da 2ª vice-presidência do Tribunal de Justiça, assinada pela desembargadora Suely Lopes Magalhães, suspendeu a decisão da 6ª Câmara. No recurso especial e na medida cautelar, o MPRJ argumenta que Rogério 157 está preso em uma penitenciária federal justamente por seu papel na cúpula da facção criminosa que atua no estado. Além disso, afirma que sua permanência fora do estado atende às necessidades da atual política de segurança pública, pois dificulta sua comunicação e articulação com outros membros da facção.
O pedido de transferência feito pela defesa de Rogério 157 ocorreu após um pedido da Polícia Civil à Justiça para prorrogar sua permanência no presídio federal, onde está detido desde 2018. Por unanimidade, os desembargadores da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitaram o pedido da defesa do traficante.
Rogério 157 é apontado como um dos principais envolvidos na guerra entre facções criminosas na comunidade da Rocinha. Em 2018, ele foi condenado a 32 anos de prisão pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, tráfico e corrupção ativa pela 40ª Vara Criminal do Rio.
De acordo com a denúncia, entre outubro de 2013 e maio de 2014, Rogério 157 e Gênio, juntamente com outros suspeitos, eram responsáveis pelo tráfico de drogas em diversos bairros do município do Rio, especialmente no complexo das favelas da Maré, Serrinha, Dendê, na Zona Norte, e Vila Aliança, na Zona Oeste.
Rogério assumiu o controle do tráfico na Rocinha com a prisão do antigo líder, Antônio Bonfim Lopes, conhecido como “Nem”. Na época, houve uma disputa pelo controle da comunidade.
Rogério 157 foi preso no início de dezembro de 2017 durante uma operação das delegacias da Polícia Civil do Rio na Favela do Arará, em Benfica, Zona Norte do Rio. Logo após sua captura, Rogério Sá, secretário de segurança do Rio na época, solicitou sua transferência para o presídio federal em Porto Velho, que autorizou a transferência do traficante para o estado.
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