Justiça mantém ação de Tabata que mira inelegibilidade de Marçal
Marçal enfrenta a possibilidade de uma condenação que o deixaria inelegível pelos próximos oito anos
O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, rejeitou o pedido do promotor Fabiano Augusto Petean para arquivar uma ação contra Pablo Marçal (PRTB), movida pela deputada Tabata Amaral (PSB). Marçal, ex-coach e ex-candidato à prefeitura de São Paulo, é acusado de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na campanha de 2024.
Mesmo tendo perdido a eleição, Marçal enfrenta a possibilidade de uma condenação que o deixaria inelegível pelos próximos oito anos. Ele já é alvo de dez Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), e esse novo processo reforça a pressão sobre o ex-candidato. A defesa de Marçal alega que a acusação é infundada, mas o juiz enxergou elementos que justificam uma análise aprofundada.
No parecer enviado no mês passado à Justiça Eleitoral de São Paulo, o promotor classificou como “insistente” a postura de Tabata ao entrar com três ações contra Marçal. Ela pede a investigação do o ex-candidato por divulgar na internet os “melhores cortes” de seus discursos, prometer apoio a candidatos a vereador em troca de doações para sua campanha e ainda monetizar perfis nas redes sociais para obter ganhos com seguidores.
Para o promotor Petean, os episódios relatados por Tabata já estão sendo analisados em uma ação conduzida pelo Ministério Público Eleitoral, o que, segundo ele, tornaria desnecessária a abertura de novos processos para investigar os mesmos fatos.
No entanto, o juiz eleitoral apontou que as ações da deputada e do Ministério Público são “parcialmente diferentes”. Ele ressaltou que as ações de Tabata incluem ainda um número maior de ocorrências, como a distribuição de brindes e a realização de sorteios de R$ 200 para incentivar o compartilhamento de propaganda eleitoral de Marçal nas redes sociais, justificando, assim, a continuidade das investigações.
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