Justiça inocenta sócio de Marcola por morte de chefes do PCC
Fuminho não vai a júri por homicídio no caso PCC, mas segue preso por tráfico. Saiba todos os detalhes sobre o caso e suas implicações.
No recente desenrolar dos eventos ligados ao crime organizado no Brasil, uma decisão da justiça cearense trouxe à tona a figura de Gilberto Aparecido dos Reis, conhecido como Fuminho. Considerado um dos nomes mais influentes dentro da estrutura do Primeiro Comando da Capital (PCC), Fuminho teve seu futuro jurídico debatido após a justiça decidir não levá-lo a júri popular pelo assassinato de dois importantes líderes da facção.
Quem era as vítimas ligadas ao caso de Fuminho?
Rogério Jeremias de Simone, mais conhecido como Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram brutalmente assassinados em uma reserva indígena em Aquiraz, na Grande Fortaleza, em fevereiro de 2018. Ambos eram líderes de alto escalão dentro do PCC, e suas mortes desencadearam uma série de movimentos violentos dentro da organização.
Qual a relação de Fuminho com o crime organizado?
Apontado como o mandante dos assassinatos de Paca e Gegê, Fuminho tinha uma longa história dentro do crime organizado. Amigo de infância de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, ele é descrito como uma peça central nas operações da facção, inclusive com conexões internacionais, como com a máfia ‘Ndrangheta da Itália.
- Fuminho e o tráfico internacional: Controlava o esquema de escoamento de cocaína para a Europa através do Porto de Santos.
- Planos de resgate: Esteve envolvido no plano para resgatar Marcola da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em 2018.
- Exército privado: Formou um “exército” de homens treinados em suas fazendas na Bolívia, incluindo soldados africanos especialistas em armamento pesado.
Como se desenrolou a ação judicial contra Fuminho?
Apesar das acusações graves, o Tribunal de Justiça do Ceará concluiu que não havia “indícios suficientes” para enviar Fuminho a julgamento por homicídio qualificado. Essa decisão também incluiu o relaxamento de sua prisão preventiva, embora ele permaneça detido por outras acusações, como tráfico de drogas.
Condenação e detenção
Fuminho foi condenado em 2022 a 26 anos e 11 meses por tráfico de drogas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, após ser responsável por um carregamento de 450 quilos de cocaína. Sua prisão ocorreu em Moçambique, em uma operação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil, a DEA dos Estados Unidos e a polícia local, em 2020.
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