Justiça Eleitoral pode dar um ponto final aos políticos “colecionadores de dinheiro”
A Justiça Eleitoral é palco de uma história muito interessante -- e reveladora da conduta de políticos brasileiros. Junior Orosco, do PDT de São Paulo, foi candidato a deputado federal nas últimas eleições. Ao declarar os seus bens à Justiça Eleitoral, disse ter 1 milhão e 900 mil reais em espécie guardados em casa. Ou seja, seria mais um desses políticos "colecionadores de dinheiro"...
A Justiça Eleitoral é palco de uma história muito interessante — e reveladora da conduta de políticos brasileiros.
Junior Orosco, do PDT de São Paulo, foi candidato a deputado federal nas últimas eleições. Ao declarar os seus bens à Justiça Eleitoral, disse ter 1 milhão e 900 mil reais em espécie guardados em casa. Ou seja, seria mais um desses políticos “colecionadores de dinheiro”.
O desembargador Fabio Prieto, então no Tribunal Regional Eleitoral, determinou que Orosco mostrasse o dinheiro à Justiça, para ser contabilizado por um fiscal. O candidato apareceu com 200 mil reais apenas. Orosco foi eleito deputado, mas a sua candidatura foi cassada por causa da declaração de bens mentirosa. No lugar de Orosco, entrou Orlando Silva.
O caso foi parar no TSE. O relator Tarcísio Vieira de Carvalho Neto considerou que Orosco é mesmo inelegível, no que foi acompanhado por mais dois ministros, Luís Roberto Barroso e Sérgio Silveira Banhos. Edson Fachin pediu vista e o julgamento deve ter um desenlace ainda hoje.
Inconformado com a possível derrota, que abriria um ótimo precedente para dar um ponto final a esse estranho negócio de político “colecionador de dinheiro”, Orosco acusa Rodrigo Maia e Orlando Silva de terem atuado contra ele juntos aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral.
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