Justiça dispensa Haddad de depor em ação contra desapropriação suspeita
A juíza Liliane Keyko Hioki rejeitou um pedido do Ministério Público para tomar depoimento de Fernando Haddad, numa ação contra a desapropriação que ele decretou, em 2016 como prefeito de São Paulo, de um terreno de interesse de financiadores de sua campanha...
A juíza Liliane Keyko Hioki rejeitou um pedido do Ministério Público para tomar depoimento de Fernando Haddad, numa ação contra a desapropriação que ele decretou, em 2016 como prefeito de São Paulo, de um terreno de interesse de financiadores de sua campanha.
Conforme revelado em maio por O Antagonista, o petista é suspeito de beneficiá-los com o ato, oficialmente editado para instalação de um terminal de ônibus na Rodovia Raposo Tavares. Uma área próxima para isso já havia sido desapropriada pela Prefeitura de São Paulo em 2003 na gestão de Marta Suplicy.
O novo terreno é de interesse dos empresários Victor Sandri (apontado pelo MPF como operador de Guido Mantega) e de José Ricardo Rezek (segundo maior doador de Haddad em 2016), porque é próximo do empreendimento imobiliário Residencial Reserva Raposo.
O Ministério Público diz que o terminal poderia ser construído dentro do próprio empreendimento — um atrativo a mais para o negócio.
Apesar do pedido do Ministério Público, a juíza Liliane Keyko Hioki dispensou o depoimento de Haddad por considerar que ele “não tem conhecimento sobre fatos relevantes” no processo, porque ele não teria participado da elaboração dos estudos técnicos da desapropriação.
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