Juros sobem com Ata do Copom; Ibovespa fecha estável
Comitê apontou necessidade de maior cautela para lidar com possíveis pressões inflacionárias vindas do mercado de trabalho
Os juros futuros encerraram a sessão em alta, especialmente na parte intermediária da curva, em resposta à ata do Copom (Comitê de Política Monetária) com viés mais restritivo para a política monetária.
Na ata, o Banco Central demonstrou preocupação com o mercado de trabalho e o ganho salarial recente como possíveis elementos de pressão sobre os níveis de preços e alguns membros sugeriram que um ritmo mais lento de corte da taxa Selic seria apropriado se a incerteza persistir.
A leitura fez com que a curva de juros aumentasse ligeiramente a taxa terminal esperada para a Selic, que se firmou na casa dos 9,75% ao ano, o que indicaria apenas dois cortes extras de 0,25 ponto percentual após a redução de 0,50 ponto percentual apontada pelo Banco Central na semana passada..
Além disso, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acima do esperado também pressionou as perspectivas com os juros.
Dólar estável em sessão mista para emergentes
No mercado cambial, o dólar operou sem muita força contra o real, acompanhando o índice da moeda. Para os países emergentes, a sessão não teve sentido definido para a divisa americana. Contra a moeda brasileira, o dólar encerrou o dia em leve alta de 0,13%, a 4,98 reais.
Ibovespa segue NY e fecha próximo à estabilidade
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, operou próximo à estabilidade, seguindo o movimento observado em Nova York. O indicador encerrou o dia em leve baixa de 0,05%, aos 126,8 mil pontos, quarta sessão consecutiva no vermelho.
As ações da Vale (-1,23%) e da Petrobras (-0,93% PN; -1,10% ON) foram as principais contribuições negativas para o indicador.
As maiores baixa, no entanto, ficaram por conta da Casas Bahia, que despencou mais de 9% após apresentar prejuízo líquido próximo a 1 bilhão de reais para último trimestre de 2023, e Minerva, que caiu 8,73% também em reposta a resultados pouco animadores no quarto trimestre do ano passado.
Do lado positivo, os bancos deram suporte positivo ao índice, com Itaú (1,49%) e Bradesco (+1,43% PN; +1,28% ON) entre as principais contribuições.
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