Juiz do TRF-6 é afastado por acusações de morosidade e comportamento explosivo
Juiz do 6º Tribunal Regional Federal é afastado pelo CNJ após acusações de morosidade e comportamentos explosivos.
O juiz Evandro Reimão dos Reis, do TRF-6 (Tribunal Regional Federal da 6ª Região), sediado em Belo Horizonte, está afastado de suas funções devido ao processo disciplinar instaurado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Por unanimidade, o colegiado aprovou a medida na sequência de uma fiscalização extraordinária ocorrida no gabinete do juiz em agosto do último ano. O CNJ acusa Reimão de morosidade excessiva, com um estoque elevado de acórdãos pendentes e adiamentos frequentes de julgamentos.
Investigações apontam irregularidades no gabinete de Reimão
Relatos de colegas e servidores acerca do comportamento do magistrado também contribuíram para a instauração do processo. Segundo as declarações, Reimão apresenta temperamento explosivo, e sua postura em relação aos demais desembargadores no tribunal é inadequada.
Além disso, o CNJ registra 29 procedimentos envolvendo o magistrado, dos quais 20 já foram arquivados. Reimão se defende das acusações alegando ser vítima de perseguição no tribunal, que foi instalado em 2022.
Reimão se defende das acusações e contesta processo
O juiz buscou indeferir o procedimento disciplinar contestando atos do corregedor Luís Felipe Salomão no curso da investigação. No entanto, sua solicitação foi rejeitada. Mesmo assim, Reimão persiste em sua defesa, acusando Salomão de abuso de poder e comportamento arbitrário.
Salomão, por sua vez, considerou que Reimão não demonstrou nenhuma violação ao processo legal. O juiz afirma que permanecerá buscando reparação pela situação que descreve como “operação policial sigilosa”, alegando ser alvo de retaliações.
Outras controvérsias envolvendo o magistrado
Para além do processo em curso, há outros procedimentos tramitando no CNJ relacionados ao juiz. Um desses casos envolve uma queixa-crime apresentada por Reimão contra a juíza federal Diana Maria Wanderlei da Silva. O magistrado acusa Silva de suprimir documentos públicos de um processo. A magistrada nega o crime e, ao contrário, solicita ao Ministério Público a verificação de possíveis crimes cometidos por Reimão, como denunciação caluniosa e coação processual.
Decisões sobre os casos deverão ocorrer em breve
Esses e outros procedimentos relacionados ao magistrado Evandro Reimão dos Reis permanecem em tramitação no CNJ e aguardam deliberação do colegiado. Enquanto isso, Reimão segue afastado de suas funções no TRF-6 de Belo Horizonte. Os desdobramentos desses processos devem vir à tona em breve.
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