Janja vai se meter em nomeações para o STJ?
Primeira-dama não abraçou nenhuma candidata mulher para as vagas em disputa para o Superior Tribunal de Justiça
A primeira-dama, Janja da Silva, não deve influenciar o presidente Lula (PT) nas nomeações para as duas vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo revelou o jornal O Globo.
No momento, existem duas cadeiras para o petista escolher. Desde que Laurita Vaz e Assuste Magalhães se aposentaram, o STJ definiu duas listas tríplices para que fossem escolhidas pelo Palácio do Planalto.
Entre os postulantes do gênero masculino, estão os desembargadores Carlos Pires Brandão, que está na lista tríplice reservada à Justiça Federal, e Sammy Barbosa, na lista do Ministério Público.
Apesar de querer a indicação de uma mulher, Janja não torce diretamente para a escolha de alguma delas. Aliados das candidatas do gênero feminino acreditavam que a primeira-dama poderia influenciar Lula na nomeação de alguma.
Em outro momento, Janja empossou a desembargadora Gabriela Araújo, de quem é amiga, para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região com sede em São Paulo. Na ocasião, a ação da primeira-dama foi considerada uma quebra de protocolo.
Leia mais: “Janjapalooza e G20 custaram até R$ 83 milhões aos cofres públicos”
Janjapalooza
A participação da primeira-dama é frequente no governo Lula, apesar de não ter recebido sequer um voto.
Foi ela quem organizou o festival ‘Janjapalooza’, batizado em referência ao nome dela em função da propaganda realizada. A realização da cúpula do G20 e o evento de Janja custou R$ 83,45 milhões a empresas estatais brasileiras.
No acordo, cada uma das quatro estatais comprometeu-se a pagar R$ 18,5 milhões ao evento. O total chega a R$ 74 milhões. Já a Petrobrás gastou R$ 12,95 milhões:
“Para fins de execução do objeto, a Petrobras, a CEF, o BNDES e o Banco do Brasil, se comprometem a realizar, cada uma delas, o repasse de até R$ 18.500.000,00 [dezoito milhões e quinhentos mil reais] em favor da OEI, totalizando o montante de até 74.000.000,00 [setenta e quatro milhões de reais]”, diz um trecho do acordo.
A estatal Itaipu Binacional pagou 15 milhões de reais para a reunião da Cúpula do G-20 Social e eventos paralelos, como o festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
Janja, aliás, foi funcionária da empresa entre 2005 e 2020.
Leia mais: “Crusoé: Deputado cria “Janjômetro” para fiscalizar gastos de Janja“
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)