Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro disse que os cortes no orçamento são culpa do Congresso, que estimou uma arrecadação maior do que a previsão real de receita.

Como mostramos, Bolsonaro sancionou a Lei Orçamentária Anual com cortes de R$ 3,18 bilhões. O Ministério do Trabalho e Previdência foi o mais afetado, com uma tesourada de R$ 1 bilhão. Desse total, somente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deixará de receber R$ 998 milhões.

Outra pasta bastante afetada foi a da Infraestrutura, de Tarcísio de Freitas, que é pré-candidato a governo de São Paulo. O Dnit, órgão vinculado ao ministério, perdeu R$ 176 milhões. A tesourada atingiu, principalmente, a previsão de obras em Santa Catarina, estado de aliados de Bolsonaro, como o senador Jorginho Mello (PL).

“Hoje, parte da imprensa de Santa Catarina bateu em mim porque eu cortei R$ 38 milhões do orçamento de Santa Catarina. Cortei R$ 3 bilhões do Brasil todo. O Parlamento fez um orçamento além da previsão de receita e eu sou obrigado a cortar”, disse Bolsonaro.