Itamaraty “acompanha atentamente” estudantes brasileiros barrados de voltar aos EUA
O Itamaraty afirmou em nota acompanhar "atentamente" a situação dos estudantes brasileiros barrados de voltar aos Estados Unidos para completar os estudos...
O Itamaraty afirmou em nota acompanhar “atentamente” a situação dos estudantes brasileiros barrados de voltar aos Estados Unidos para completar os estudos.
O ministério informou estar “em permanente contato com as autoridades norte-americanas, em busca de soluções para esses e outros casos decorrentes de restrições migratórias e sanitárias impostas durante a pandemia do COVID-19”.
Ontem, mostramos que um grupo de jovens brasileiros se organiza para pedir aos dois governos uma isenção da proibição de viagens, em vigor por causa da pandemia. O grupo escolheu o nome ‘We the Foreigners’ (Nós, os Estrangeiros), em referência ao preâmbulo da Constituição americana (Nós, o Povo…).
Em 16 de julho, o Departamento de Estado anunciou que os estudantes da Área Schengen (que inclui 26 países da Europa), além dos britânicos e irlandeses, não precisam mais de autorização especial para viajar aos EUA.
Esse benefício, porém, não foi estendido aos estudantes brasileiros, apesar da suposta boa relação entre os dois países.
Na nota, o Itamaraty destacou que “a autorização de ingresso em território de país estrangeiro é prerrogativa soberana das autoridades imigratórias do respectivo país”.
Isso é óbvio. O trabalho da diplomacia deveria ser justamente negociar concessões de interesse dos brasileiros.
Ainda ontem, a Embaixada dos EUA em Brasília informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que leva “muito a sério a situação de estudantes brasileiros e estamos procurando maneiras de garantir que estudantes (tanto os novos quanto os que retornarão aos seus estudos) tenham atenção prioritária quando as entrevistas de visto forem retomadas”.
Mas muitos estudantes do We the Foreigners já têm os vistos F-1. Eles não podem regressar aos EUA por causa da proibição de viagens a partir do Brasil. A única forma de contorná-la seria passar 14 dias de quarentena em um terceiro país, o que tem um custo proibitivo para a grande maioria dos estudantes.
Ou viajar com passaporte diplomático.
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