“Isso está com cara de operação simulada”, diz advogado, sobre fundão de Valdemar
O especialista em Direito Constitucional e Eleitoral, Rodrigo Cyrineu, disse a O Antagonista que a benesse do fundão de R$ 1 milhão proporcionada ao presidente do PL, Vlademar Costa Neto (foto), é uma "situação aberrante e a Justiça Eleitoral deve deve analisar o caso"...
O especialista em Direito Constitucional e Eleitoral, Rodrigo Cyrineu, disse a O Antagonista que a benesse do fundão de R$ 1 milhão proporcionada ao presidente do PL, Vlademar Costa Neto (foto), é uma “situação aberrante e a Justiça Eleitoral deve deve analisar o caso.”
Integrante do PL há mais de 30 anos e comandante da sigla há duas décadas, a Crusoé mostrou hoje que Valdemar Costa Neto desfruta dos benefícios proporcionados por fundos eleitorais. Até 2020, Valdemar era contratado com carteira assinada com salário de 33 mil reais e foi demitido para receber as indenizações trabalhistas, que somaram 120 mil reais. No dia seguinte, foi recontratado como prestador de serviço, com o mesmo salário.
“Esse é um típico caso que a justiça eleitoral deve analisar a questão de fundo e impor devolução de valores. Isso está com cara de operação simulada do partido e evidencia a necessidade de o Congresso reavaliar o financiamento partidário e eleitoral do Brasil. Após o STF proibir o financiamento empresarial, temos um sistema financiado pelo erário. E aí proporciona esse tipo de prática dos partidos. São recursos públicos. Tudo deve ser feito de forma pensada para evitar desperdício e situações aberrantes como essa”, afirmou o advogado.
Na avaliação de Cyrineu, o recebimento de salários por dirigentes é prática largamente admitida. Entretanto, “o que chama a atenção é o dirigente ser demitido e depois ser contratado pra receber verbas.”
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