Irmã de Léo Moura é julgada por golpe em ingressos do Rock in Rio
Lívia Moura é acusada de liderar esquema fraudulento que prejudicou dezenas de vítimas
O julgamento de Lívia da Silva Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, começou nesta terça-feira, 10, com a oitiva das primeiras testemunhas no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, no Rio de Janeiro.
Ela é acusada de comandar um esquema de venda de ingressos falsos para o Rock in Rio, que teria gerado um prejuízo de cerca de R$ 450 mil. Moura está presa preventivamente por estelionato desde fevereiro deste ano.
Cinco testemunhas foram ouvidas na audiência, incluindo o policial civil Douglas Dias, responsável pelas investigações, a vítima Maria Valéria Evangelista Dantas, além de Gabriel Fraga Pequeno, Rodrigo Gonçalves da Silva e Celso Barbosa Júnior.
Três testemunhas solicitadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro não foram localizadas. O juiz responsável, Thales Nogueira Braga, determinou que o processo fosse encaminhado ao MPRJ, que decidirá se as testemunhas faltantes ainda serão ouvidas antes da próxima audiência.
O esquema, que envolvia a criação de um site falso simulando a página oficial do Rock in Rio, enganou dezenas de pessoas. Em alguns casos, as vítimas chegaram a desembolsar mais de R$ 20 mil por ingressos que nunca receberam.
As investigações começaram após 19 pessoas tentarem entrar no festival com bilhetes comprados no site fraudulento. A polícia, ao cumprir mandados de busca e apreensão, encontrou tanto ingressos falsos quanto verdadeiros na casa de Lívia Moura.
Além do golpe no Rock in Rio, Lívia Moura também responde por um esquema semelhante envolvendo camarotes na Sapucaí, onde cobrava até R$ 5 mil por pares de ingressos falsos. A empresária chegou a ter prisão domiciliar decretada em dezembro de 2022, mas perdeu o benefício por desrespeitar o uso da tornozeleira eletrônica.
O interrogatório de Lívia será a última etapa do julgamento, que deve ser retomado após a decisão do Ministério Público.
Léo Moura se distancia publicamente da irmã e entra na Justiça para proteger sua imagem
Léo Moura, ex-jogador consagrado do futebol brasileiro, tem tomado medidas para se distanciar das ações criminosas atribuídas à sua irmã, Lívia Moura,
O ex-atleta afirmou que não compactua com as atitudes da irmã e que os problemas dela são exclusivamente de sua responsabilidade. “Só quero deixar claro novamente que os problemas da minha irmã são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família. Não me envolvo e nem compactuo com isso”, declarou o ex-atleta.
Léo, que hoje atua como empresário e diretor de uma ONG voltada ao desenvolvimento de jovens, destacou a importância de proteger sua imagem e reputação. “Tenho minha família e um nome que zelo por muitos anos. Estamos tristes pelo acontecido porque somos humanos, mas estamos e ficaremos sempre do lado que é certo”, acrescentou, deixando claro que seu foco é preservar a integridade de sua carreira.
Além das declarações públicas, Léo Moura também optou por recorrer à Justiça para desvincular sua imagem da de Lívia. Ele entrou com uma ação judicial contra o Google, com o objetivo de impedir que seu nome seja associado ao caso de estelionato que envolve sua irmã. Essa “ação de obrigação de fazer e não fazer” busca, especificamente, proteger a imagem de Léo, que, ao longo de anos de carreira, construiu uma reputação sólida dentro e fora dos campos.
A preocupação do ex-jogador está diretamente ligada à sua atuação atual como empresário de futuros jogadores e ao trabalho que realiza na ONG, focada em menores em situação de vulnerabilidade.
É importante ressaltar que Léo Moura não tem qualquer envolvimento nos crimes cometidos por Lívia e não foi alvo de investigações relacionadas ao caso.
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