Irmã de Aécio é indiciada por obstrução de justiça
Andrea Neves, irmã de Aécio Neves, foi indiciada pela Polícia Federal nesta quarta-feira, no âmbito do inquérito da Operação Escobar...
Andrea Neves, irmã de Aécio Neves, foi indiciada pela Polícia Federal nesta quarta-feira, no âmbito do inquérito da Operação Escobar.
Além de Andrea — indiciada por obstrução de justiça –, foram indiciados dois escrivães da corporação, dois advogados e um empresário por crimes como corrupção passiva e organização criminosa.
Caberá ao Ministério Público acolher ou não o pedido de indiciamento e, em caso de acolhimento, apresentar ou não a denúncia.
Segundo o delegado Rodrigo Morais Fernandes, relator do inquérito da PF, o empresário Pedro Lourenço recebia informações sigilosas sobre investigações da corporação a partir de conversas com o advogado Ildeu da Cunha Pereira — morto em fevereiro deste ano.
Andrea, de acordo com a polícia, recebia documentos obtidos pelo advogado Carlos Alberto Arges. Os vazamentos seriam feitos pelos escrivães Márcio Antônio Marra e Paulo Bessa.
Caso a denúncia seja recebida pelo Ministério Público e acolhida pela Justiça, Andrea será julgada. Se condenada, pode pegar até dez anos de prisão.
Atualização: a defesa de Andrea Neves encaminhou a O Antagonista uma nota assinada pelo advogado Fábio Tofic Simantob.
Eis a nota na íntegra:
“A defesa de Andrea Neves manifesta a sua perplexidade com a finalização precipitada da investigação feita pela autoridade policial que contraria, inclusive, as provas obtidas no próprio inquérito.
Andrea Neves foi chamada a prestar depoimento em julho do ano passado, tendo ficado acertado que prestaria seus esclarecimentos assim que, como determina a lei, tivesse acesso à integralidade dos documentos relacionados à investigação. Essa nova intimação jamais ocorreu.
As investigações demonstram que Andrea nunca solicitou qualquer documento a quem quer que seja e nunca teve contato com qualquer agente público.
Os documentos que se encontravam em sua residência já tinham o seu conteúdo amplamente divulgado pela imprensa, sendo, portanto, estapafúrdia a hipótese de que poderiam ser usados para qualquer ato de obstrução de justiça.
É preocupante que a autoridade policial faça uma ilação dessa gravidade sem apontar qualquer ato praticado por Andrea que pudesse ser interpretado como obstrução de justiça.
No mais, registre-se a ironia de que um inquérito instaurado para apurar vazamento tenha tido a sua conclusão vazada antes que as partes pudessem ter conhecimento de seu conteúdo.”
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