Nunes Marques será homenageado por suspeito de ser funcionário fantasma
Presidente da OAB-RR, Ednaldo Vidal, é suspeito de ter recebido salário do governo da Paraíba por mais de 20 anos
O ministro do STF Kassio Nunes Marques será homenageado em junho pelo presidente da OAB-RR, Ednaldo Vidal, que está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba suspeito de ter sido um funcionário fantasma por 20 anos.
A homenagem será concedida ao ministro durante a Conferência Estadual da Advocacia Roraimense, marcada para o próximo dia 10.
Nunes Marques vai receber a medalha Ordem do Mérito Legislativo, na categoria Mérito Especial, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Roraima no mês passado.
“Nunca na história de Roraima a OAB conseguiu trazer um ministro do Supremo Tribunal Federal e, com apoio do presidente Sampaio, do deputado Marcos Jorge, da [deputada] Catarina Guerra, do [deputado] Coronel Chagas e dos demais que compõem esta Casa, foram aprovadas as comendas, e estamos tratando da vinda do ministro Kassio”, disse Vidal para a agência de notícias da Assembleia Legislativa do Estado.
Em abril, o MP da Paraíba instaurou uma notícia de fato para apurar a conduta de Ednaldo, que, até o mês passado era lotado na Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap), com funções na Cadeia Pública da cidade de Santa Luzia, no Sertão do Estado apesar de morar há mais de 25 anos na capital de Roraima, Boa Vista.
Entre Santa Luzia e Boa Vista, capital de Roraima, há uma distância de 5,2 mil quilômetros.
Segundo constava no Portal da Transparência do governo paraibano, o presidente da OAB-RR recebia, até fevereiro de 2024, um salário entre R$ 2.732,57 e R$ 2.826,69. Após a denúncia anônima feita ao MP da Paraíba, o advogado-agente penitenciário ganhou aposentadoria por tempo de serviço. O benefício, no entanto, foi anulado já que o presidente da OAB-RR é alvo de um procedimento investigatório justamente por fraude.
Os então diretores da cadeia pública de Santa Luzia e de Coremas, Wellson Pereira dos Santos e João Soares de Andrade, foram exonerados respectivamente depois que o caso começou a ser investigado pelo MPE paraibano.
Será que o ministro Kassio Nunes Marques sabe desse histórico do autor da homenagem?
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