Durante o depoimento prestado ontem à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid foi orientado por agentes a ficar em silêncio nos próximos dias.

Cid prestou esclarecimentos durante aproximadamente 10 horas em relação aos indícios de irregularidades na venda de joias que eram destinadas à Presidência da República. O receio dos policiais federais é que qualquer informação que vaze neste momento ajude a embasar os depoimentos que serão prestados na quinta-feira pelo próprio Cid, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e outras pessoas investigadas pela PF.

O estabelecimento do silêncio de Mauro Cid é visto por aliados do ex-presidente, principalmente no meio militar, como um indício de que ele teria firmado um acordo de colaboração premiada. Como mostramos há aproximadamente dez dias, o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, disse que Cid estaria disposto a confessar sua participação na venda das joias e indicar possíveis mandantes.