Investigação revela tortura de major da PM em treinamento do BOPE
Chocante caso de tortura em treinamento do BOPE em Goiás. Vítimas sofrem traumas físicos e psicológicos sérios.
Recentemente, um caso perturbador veio à tona, envolvendo oficiais do BOPE em Goiás. A Justiça proibiu que os policiais militares envolvidos no caso mantenham contato com a vítima, seus familiares e testemunhas. Evidências mostram que durante o 12º Curso de Operações Especiais do BOPE, iniciado em 13 de outubro de 2021, táticas extremas, incluindo agressões físicas e tortura, foram utilizadas, o que suscitou uma série de questionamentos legais.
Os treinamentos ocorreram numa fazenda em Hidrolândia, onde, sob alegação de preparação intensiva, os alunos, entre eles um major da PM, foram submetidos a abusos físicos e psicológicos severos. Relatos indicam que o curso envolveu episódios de afogamento, espancamentos e uma pressão psicológica intensa com o intuito de forçar os alunos a desistirem.
Qual a Extensão dos Abusos no Curso do BOPE?
Os métodos aplicados durante o treinamento foram extremamente rigorosos. As acusações contra os membros do BOPE incluem tentativas de homicídio qualificado por tortura e omissão. Dentre os acusados estão o Coronel Joneval Gomes de Carvalho Júnior, o Tenente-coronel Marcelo Duarte Veloso, e o Capitão Jonatan Magalhães Missel, apontados como responsáveis diretos pelos episódios de violência.
Impactos Físicos e Psicológicos Enfrentados pelo Major Vítima de Tortura
O major, vítima destes atos brutais, enfrentou danos severos. Após os dias de tortura, ele adoeceu gravemente, resultando em condições como rabdomiólise, desidratação e lesões neurológicas. O tratamento médico subsequente revelou a gravidade dos atos, levando-o a um estado de saúde delicado que necessitou internação e atenção especializada por um período prolongado.
A Camuflagem do Incidente
Além das atitudes deploráveis durante o curso, registrou-se um “pacto de silêncio” entre os policiais para encobrir os incidentes. Esse pacto se estendeu às primeiras horas do atendimento médico, com tentativas de manipular informações, alegando inicialmente que o major estava contaminado por COVID-19 para justificar seu estado. Essa conduta revela uma tentativa organizada de ocultar a verdadeira natureza dos ferimentos e impedir o conhecimento público sobre o caso.
As investigações continuam, e a comunidade espera ansiosamente por justiça e por medidas que garantam que tais abusos não se repitam.
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