Investigação por sala de Janja é arquivada
A Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou o processo aberto sobre Rui Costa por "ausência de materialidade"
A Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou um pedido de investigação sobre o “suposto desvio ético” do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior, por destinarem uma sala à primeira-dama Janja (foto) dentro do Palácio do Planalto.
O colegiado não deu sequência às investigações, alegando “ausência de materialidade” e “inocorrência de infração ética”.
No início de janeiro de 2023, o jornal O Globo informou que a primeira-dama teria uma sala no terceiro andar do Planalto, próxima ao gabinete do marido e voltada para a praça dos Três Poderes.
Em novembro de 2022, antes da posse de Lula, Janja disse que poderia ganhar “algumas responsabilidades” no governo do marido.
“A gente vai estar junto. Vou estar do lado dele [Lula] boa parte do tempo, contribuindo no que eu puder contribuir. Obviamente, primeira-dama não tem uma função, mas eu posso ter algumas responsabilidades“, afirmou Janja em entrevista à TV Globo.
Janja, a sucessora de Lula?
Integrantes do Palácio do Planalto têm afirmado que Lula já escolheu um sucessor para quando deixar a Presidência: a primeira-dama Janja.
Ao dizer em entrevistas que Janja teve papel determinante no 8 de janeiro, ao supostamente dissuadi-lo a não decretar uma GLO, Lula, simbolicamente, iniciou a sua passagem de bastão para a primeira-dama. Obviamente, o rito ainda terá outras etapas, mas essa foi uma demonstração de que o presidente achou uma solução doméstica para a sua sucessão.
Não é segredo que Janja tem suas pretensões políticas, deixando claro que pretende ressignificar o papel da primeira-dama.
Janja, uma radical livre no poder
O cargo de primeira-dama não é regulamentado nem na Constituição, nem em leis. Trata-se de uma tradição, em que a ocupante do posto — conquistado graças à sua relação com o mandatário, e não por ter sido eleita para tal — decide o que irá fazer.
Mas, enquanto todas as primeiras-damas anteriores optaram por se dedicar ao assistencialismo, Janja assumiu o ativismo político.
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