A inversão da hierarquia na PM
O governador eleito Wilson Witzel (PSC) tem o desafio de evitar um colapso na organização hierárquica da PM, segundo O Globo. "Hoje, a corporação sofre o fenômeno da 'pirâmide invertida': conta com mais chefes do...
O governador eleito Wilson Witzel (PSC) tem o desafio de evitar um colapso na organização hierárquica da PM, segundo O Globo.
“Hoje, a corporação sofre o fenômeno da ‘pirâmide invertida’: conta com mais chefes do que comandados. No quadro operacional, há 15.200 sargentos e 11.894 cabos. Entre os oficiais, o número de majores (543) supera o de capitães (476) e tenentes (502). (…)
Medidas adotadas pelo estado na década de 1980 resultaram na criação de planos de carreira com promoções por tempo de serviço. Sem a necessidade de concursos internos, as ascensões desmedidas na hierarquia levaram a improvisos operacionais e, segundo especialistas, interferiram na qualidade do policiamento. Por conta disso, é comum graduados serem escalados para funções subalternas, como dirigir uma viatura ou levantar cancelas na entrada dos batalhões. Outro efeito é um rombo na previdência estadual, já que os salários aumentaram.
Na tentativa de corrigir as distorções, a cúpula da corporação traçou uma proposta para frear as promoções pelo tempo de serviço.”
O chefe do Estado-Maior, coronel Henrique Pires, disse ao jornal:
“É a opção que tem que ser feita. O policial prefere ficar de cara feia por causa dessa medida ou sofrer consequências duras no futuro, podendo ficar sem salário?”
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