Índios pressionam STF por retirada de invasores de terras indígenas na pandemia
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) pediu ontem ao Supremo que determine, em julgamento que será retomado hoje, a remoção de invasores em sete terras indígenas...
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) pediu ontem ao Supremo que determine, em julgamento que será retomado hoje, a remoção de invasores de sete terras indígenas: Yanomami, Karipuma, Uru-Eu-Wau-Wau, Kayapó, Araribóia, Mundukuru e Trincheira Bacajá.
O pedido foi feito dentro de ação apresentada em julho pela entidade, junto com partidos de esquerda, com o objetivo de forçar o governo a proteger aldeias, especialmente as isoladas, da contaminação pela Covid-19.
Ainda no mês passado, o relator Luís Roberto Barroso concedeu uma liminar determinando que Executivo e Ministério Público sentassem com representantes dos índios para elaborar um plano, especialmente para evitar a entrada de pessoas nas tribos.
O ministro, porém, não determinou a retirada dos que já estavam dentro, sob o argumento de que uma operação do tipo traria mais riscos de contaminação, pela necessidade da incursão de policiais dentro das aldeias.
Na última segunda (3), no plenário do Supremo, Barroso manteve sua liminar. Os demais ministros agora decidirão se atendem ao pedido adicional dos índios.
“Os riscos à saúde dos povos indígenas decorrentes da presença e das atividades criminosas dos invasores são incomparavelmente superiores aos de uma operação para a retirada dessas pessoas. E esses riscos sanitários eventualmente provocados por operações de extrusão podem ser minimizados, com a adoção de cautelas fundamentais, tais como a testagem prévia e quarentena obrigatória dos agentes estatais envolvidos nessas operações”, diz a Apib.
A entidade diz que os invasores degradam o meio ambiente, cometem crimes e criam constantes conflitos com os povos indígenas em áreas já demarcadas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)