“Índio do buraco”, último de sua etnia, terá de ser enterrado em terra natal
Uma decisão da Justiça Federal de Rondônia obrigou a Fundação Nacional do Índio (Funai) a promover o sepultamento de um indígena que seria o último de sua etnia. O indígena "Tanaru", conhecido mundialmente como "Índio do Buraco", ele deverá ser enterrado onde morreu,
Uma decisão da Justiça Federal de Rondônia obrigou a Fundação Nacional do Índio (Funai) a promover o sepultamento de um indígena que seria o último de sua etnia. O indígena “Tanaru”, conhecido mundialmente como “Índio do Buraco”, ele deverá ser enterrado onde morreu, em uma área de proteção do estado.
Na decisão liminar, o juiz federal Samuel Parente Albuquerque diz que, desde agosto – quando o corpo do indígena foi encontrado – o corpo aguarda sepultamento, e atualmente estaria em Brasília. Apesar do argumento de que não há previsão legal da Funai para promover enterros, o juiz lembrou que é papel da Fundação o “respeito à pessoa do indígena, preservação cultural do índio e gestão do patrimônio indígena.”
O índio do buraco era o único sobrevivente de uma etnia desconhecida, e vivia isolado em uma área no interior de Rondônia. Após o genocídio de seu povo, ele viveu em isolamento na sua terra por quase três décadas, sem aceitar a aproximação de estranhos. O apelido veio de buracos que ele cavava na mata, provavelmente para caças ou para motivos religiosos.
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