Impasse sobre o PAC e fundão atrasa votação do Orçamento
Governo trava um embate com o líderes do Congresso, após o relator do Orçamento desidratar o programa tido como prioridade para Lula...
Integrantes do governo travam nesta quinta-feira, 21, um embate com os líderes do Congresso sobre a distribuição de verbas para o Orçamento de 2024. O principal impasse se dá em torno do montante que será destinado para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das prioridades do presidente Lula (PT).
O relatório do Orçamento divulgado pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) na manhã da última quarta, 20, previu um corte de R$ 17 bilhões no PAC. Na prática, em vez dos R$ 61,3 bilhões propostos pelo governo, o programa teria R$ 44,3 bilhões no ano que vem, uma redução de quase um terço do que foi previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Responsável pela coordenação do PAC, o ministro Rui Costa, da Casa Civil, busca nesta reta final uma maneira de convencer deputados a manter os valores inicialmente previstos para as obras do programa.
“Entendemos que vamos chegar numa mediação que preserve os investimentos. Sobre o PAC, a ideia é não fazer nenhum corte “, afirmou Costa.
Além disso, deputados e senadores ainda divergem sobre o montante que será destinado ao fundo eleitoral para bancar as eleições municipais do ano que vem. A maioria dos deputados e os presidentes de partidos querem o fundão de R$ 5 bilhões. Senadores defendem uma redução para cerca de R$ 2,5 bilhões.
Inicialmente, a votação do relatório na Comissão Mista de Orçamento (CMO) estava prevista para 10h desta quinta, mas até o início desta tarde, os líderes ainda não haviam fechado um consenso. Depois, o projeto de Orçamento ainda precisa ser votado na sessão conjunta do Congresso.
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